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sexta-feira, 10 de novembro de 2023

The Line: o futuro a todo vapor no deserto da Arábia Saudita, megaprojeto completa 20% da construção

Caros Leitores;







The Line, megaempreendimento na Arábia Saudita (Imagem / Reprodução)

Lembra daquela onda de vídeos que bombou na net sobre The Line, a cidade futurista da Arábia Saudita? Pois é, o projeto que parecia coisa de filme de ficção tá tomando forma. Em 2023, a obra da cidade que promete não ter carros nem poluição tá a mil por hora, mas sem fazer muito alarde.

A galera tá curiosa pra saber: “E aí, como tá o andamento de The Line?” Segura essa: 20% da infraestrutura básica já tá de pé. Isso inclui estradas e prédios que são o esqueleto da cidade. As imagens de satélite não deixam mentir, mostrando que o deserto tá mudando de cara.

Hidden Marina, que faz parte de The Line, tá com tudo pra ser a maior marina do planeta. Imagina só, a cada semana, eles tiram 1 milhão de metros cúbicos de terra do caminho. É terra pra chuchu, minha gente!

The Line promete ser sustentável, mas tem quem diga que isso é conversa. A obra pode deixar uma pegada de carbono do tamanho de um elefante, e ainda tem a questão dos direitos humanos que tá pegando mal.

Trojena e Oxagon: os outros filhos do projeto Neom

Vídeo:https://youtu.be/0UCSidXdPP8?t=842

O Progresso de Construção do The Line em 2023 (Vídeo / Reprodução: Urbana)

Não é só de The Line que vive o NeomTrojena quer ser o point do esqui no deserto, e Oxagon tá se armando pra ser o porto que vai bombar no comércio.

Trojena tá correndo contra o tempo pra ficar pronta pros Jogos de Inverno Asiáticos, e Oxagon tá construindo seu legado aos poucos.

Sindalah é aquela ilha chique que vai ser o cartão-postal do Neom. Com hotéis de luxo e um campo de golfe que já tá quase no jeito, a ilha promete ser o gostinho inicial do que o Neom tem pra oferecer.

Quem paga a conta do Neom

Quando o assunto é dinheiro, Neom tá tranquilo. O Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita tá bancando a brincadeira com uma grana que dá pra fazer o Cristiano Ronaldo e o Neymar chorarem.

E tem várias empresas de peso no mundo todo que tão metendo a mão na massa. The Line e seus irmãos tão transformando o deserto num canteiro de inovações.

Todo mundo tá de olho pra ver se o que prometem vai sair do papel ou se vai ficar só na promessa. O futuro de Neom tá sendo escrito agora, e o mundo tá de camarote esperando o espetáculo.

Fonte: Click Petróleo e Gás /  Escrito por Bruno Teles em ConstruçãoIndústria / Publicação 09/11/2023

https://clickpetroleoegas.com.br/the-line-o-futuro-a-todo-vapor-no-deserto-da-arabia-saudita-megaprojeto-completa-20-da-construcao/

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Web Science Academy; Hélio R.M.Cabral (Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos de Economia, Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia Climatologia). Participou do curso (EAD) de Astrofísica, concluído em 2020, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

>Autor de cinco livros, que estão sendo vendidos nas livrarias Amazon, Book Mundo e outras.

quarta-feira, 8 de novembro de 2023

Reforma Tributária é aprovada na CCJ e segue para o Plenário Fonte: Agência Senado

Caros Leitores;

Após mais de sete horas de reunião, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou nesta terça-feira (7) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 45/2019) que institui uma ampla e histórica reforma no sistema tributário brasileiro. O texto-base apresentado pelo relator, senador Eduardo Braga (MDB-AM), passou com 20 votos favoráveis e seis contrários. Em seguida, foram votadas as cinco emendas de destaque, mas nenhuma delas foi aprovada.

A CCJ alterou a PEC que veio da Câmara dos Deputados para criar instrumento que busca evitar aumento de impostos e para elevar a R$ 60 bilhões o fundo mantido pela União para reduzir as desigualdades regionais, entre outras mudanças. O texto segue para análise no Plenário, já incluído na pauta desta quarta-feira (8).

Nesta terça-feira foi aprovado requerimento de calendário especial para votação da PEC. Com isso, a proposta será votada pelo Plenário do Senado em dois turnos em um mesmo dia (nesta quarta), a partir das 14h. O requerimento recebeu 48 votos a favor e 24 contra.

A PEC transforma cinco tributos (ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins) em três: Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e Imposto Seletivo (IS). Cada novo tributo terá um período de transição. A CBS (federal) e o IBS (estadual e municipal), que tributam o consumo, são formas de Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que incide apenas nas etapas do comércio que geram novo valor ao produto ou serviço e assim evita cobranças sobre impostos já pagos.

Para compor o texto-base, o relator disse que acatou total ou parcialmente 247 emendas. Depois da apresentação do relatório no colegiado, no dia 25 de outubro, Braga apresentou uma complementação de voto com mais de 40 emendas acolhidas. Durante a reunião, o relator ainda acatou outras emendas.

A PEC tramitou em conjunto com outras duas propostas, que foram consideradas prejudicadas: a PEC 46/2022, apresentada primeiramente pelo senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR); e a PEC 110/2019, do senador Davi Alcolumbre (União-AP).

Trava

Na reunião desta terça, o relator acentuou que a reforma tem como um de seus princípios não aumentar a carga tributária. Essa preocupação será materializada por meio de um instrumento chamado “trava de referência”. 

— O principal legado é estabelecer uma trava sobre a carga tributária, que não permitirá que haja aumento de imposto para o contribuinte. Pela fórmula apresentada no relatório, quando o PIB [Produto Interno Bruto] for zero, [o governo] não poderá aumentar a carga tributária. Quando o PIB for negativo, não terá aumento de carga tributária — garantiu Braga.

Na avaliação dos senadores Esperidião Amin (PP-SC), Carlos Portinho (PL-RJ), Izalci Lucas (PSDB-DF) e Rogerio Marinho (PL-RN), líder da oposição na Casa, o mecanismo não será efetivo. Eles apoiaram uma alíquota limite de 20% para a soma da CBS e do IBS, que só poderia ser aumentada por meio de referendo popular. A emenda, apresentada por Marinho, foi uma das rejeitadas pelos parlamentares. 

— De acordo com as palavras do ministro [da Fazenda] Fernando Haddad, o imposto [pode passar a ser] de 27,5%. Sabe qual é o maior IVA do mundo até agora? O da Hungria, que é 27%. Vamos oferecer ao Brasil o maior imposto sobre valor agregado do mundo — argumentou Marinho.

O texto que passou na CCJ não define o que se pode chamar de alíquota máxima da CBS e do IBS, ou seja a alíquota a ser cobrada dos setores não beneficiados com isenções. Os dois impostos serão instituídos por lei complementar. A alíquota da CBS (federal) poderá ser fixada em lei ordinária. A alíquota do IBS será determinada por estados e municípios. A estimativa feita por Haddad levou em conta, segundo ele, o grande número de setores favorecidos por isenções. Como o governo não pode ter perda de arrecadação, a alíquota máxima, estimada em 27,5%, compensaria as exceções previstas na PEC.

No entendimento do senador Alessandro Vieira (MDB-SE), atualmente o contribuinte “já paga carga maior que essa sugerida, só que está oculta”. A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) alertou para o fato de que muitos países que adotam alíquota do IVA mais baixas compensam a arrecadação com impostos sobre renda e patrimônio.

— Você deveria comparar com a tributação de grandes fortunas, sobre patrimônio, sobre heranças, sobre renda… Na verdade, é o cenário [para o qual] a gente precisa evoluir. O Brasil acabou sendo um paraíso para os multimilionários. A reforma começa a avançar nesse sentido quando pega, por exemplo, itens de luxo e tributa — explicou a senadora, referindo-se a mudanças no IPVA, que passará a incidir sobre veículos automotores aquáticos e aéreos, como lanchas e barcos.

A trava criada por Braga, e aprovada pelos parlamentares, obrigará a uma redução da CBS e do IBS em 2030 se suas receitas medidas em 2027 e 2028 forem maiores que a média da arrecadação do PIS/Pasep, Cofins e IPI (que serão extintos) de 2012 a 2021. Em 2035, haverá outro período de reavaliação, em que todos os tributos criados pela PEC poderão ser reduzidos se a receita medida entre 2029 e 2033 for maior que a média da arrecadação, entre 2012 e 2021, dos impostos extintos. Ambos os cálculos levarão em consideração o PIB.

Setor automobilístico

A reforma prevê instrumentos que buscam combater a desigualdade no desenvolvimento regional e econômico nos estados. Um deles, alvo de divergências entre os parlamentares, foi a prorrogação de benefícios fiscais do IPI para plantas automobilísticas nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste até dezembro de 2032. Braga retomou o trecho que foi retirado na Câmara dos Deputados, mas incluiu restrição do benefício apenas para automóveis “descarbonizantes”, como veículos elétricos ou movidos a biocombustíveis. O benefício, estabelecido na forma de crédito presumido da CBS, será reduzido em 20% ao ano entre 2029 e 2032.

O senador Zequinha Marinho (Podemos-PA) questionou a eficiência dessa renúncia fiscal da União. Ele apresentou emenda para retirar o trecho, mas a supressão não foi acatada pelos parlamentares. Segundo o senador do Podemos, deixar de arrecadar o IPI no setor automobilístico nessas regiões prejudicará os Fundos de Participação dos Estados (FPE) e Municípios (FPM), que são financiados pelo IPI.

— Apenas uma empresa se beneficia desse privilégio, que é a Fiat em Pernambuco [na cidade de Goiana] (...). Não é justo (...) que os repasses constitucionais percam tanto dinheiro. O TCU [Tribunal de Contas da União], ao analisar essa concessão dada à Fiat (...), entende que não têm cumprido com o desenvolvimento socioeconômico — afirmou Zequinha.

Já o senador Otto Alencar (PSD-BA) apontou que os estados mais desenvolvidos tiveram facilidades fiscais no passado:

— Nenhuma empresa que se instalou nos estados de São Paulo, do Rio de Janeiro, do Paraná, não teve lá atrás subsídio, incentivos fiscais... O Paraná tem hoje um grande polo automotivo. Será que nenhuma dessas não recebeu benefícios fiscais? E a Bahia não pode ter uma também? Pernambuco não pode ter uma também?

Fundo de Desenvolvimento

O Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional (FNDR) é outro instrumento aprovado na PEC para reduzir discrepâncias entre os estados brasileiros. Os recursos do fundo serão aportados anualmente pelo governo federal. De R$ 8 bilhões em 2029 os valores devem chegar a R$ 60 bilhões em 2043. Do total, 30% serão distribuídos para os estados por critério populacional e 70% com base em um coeficiente de sua participação no FPE.

Na opinião do senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR), o cálculo prejudica estados pobres com população reduzida, como os da região Norte. Os senadores rejeitaram sua emenda que previa a distribuição unicamente pelos critérios que o FPE usa hoje. Para Braga, essa mudança “penalizaria brutalmente os estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste”.

Fundo de Compensação

Já a criação do Fundo de Compensação de Benefícios Fiscais tem como objetivo compensar, até 31 de dezembro de 2032, as pessoas jurídicas beneficiárias de isenções e incentivos fiscais associados ao ICMS, que será substituído pelo IBS. Essas isenções fazem parte de uma estratégia utilizada pelos estados para atraírem empresas e investimentos. Braga incluiu emenda de Mecias que torna possível o recebimento também por pessoas físicas.

Como um dos pilares da reforma é a tributação apenas no local de consumo, e não mais no local de produção e de consumo como é hoje, essa estratégia (igualmente conhecida como guerra fiscal) deverá perder força. A senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO) criticou o prazo adotado na PEC para aplicação das regras. O texto só permite a compensação aos titulares de benefícios que foram concedidos até 31 de maio de 2023. Segundo a senadora, o prazo prejudica estados que estão em processo de instituição de benefícios com a isenção do ICMS, como Tocantins.

Exceções

Braga complementou seu relatório para incluir novas hipóteses de tratamento favorável nas novas regras tributárias. As atividades de reabilitação urbana de zonas históricas terão redução de 60% do CBS e IBS. Serão isentos desses impostos os serviços prestados por Instituição Científica, Tecnológica e de Inovação (ICT) sem fins lucrativos, a compra de automóveis por taxistas ou por pessoas com deficiência ou no espectro autista, além de medicamentos e dispositivos médicos. Além de produtos de uma cesta básica ampliada e da energia elétrica, o botijão de gás foi incluído no cashback, mecanismo que permite devolução do imposto pago por pessoas de baixa renda.

Braga acatou do mesmo modo, durante a reunião, emenda da senadora Augusta Brito (PT-CE) para incluir o hidrogênio verde na previsão de lei complementar que assegurará tributação de biocombustíveis inferior à incidente sobre os combustíveis fósseis.

As reduções e isenções tributárias tratadas na reforma foram questionadas pelo senador Marinho. Segundo ele, a quantidade de setores beneficiados com redução ou isenção dos impostos levará ao aumento da alíquota dos contribuintes que se enquadram na regra geral para compensar a perda arrecadatória. Mas o senador Efraim Filho (União-PB) defendeu as exceções. Na opinião dele, “quem é mais humilde precisa ter tratamento diferenciado”.

Outros impostos

Os senadores aprovaram a mudança de Braga para tornar obrigatório o Imposto Seletivo (IS) sobre armas e munições (exceto para a administração pública), atendendo a emendas das senadoras Eliziane Gama e Augusta Brito (PT-CE). Em seu texto anterior, essa seria apenas uma possibilidade.

O Imposto Seletivo, que substituirá o IPI, será usado como desincentivo a produtos e serviços prejudiciais à saúde, como bebidas e cigarros, e à “sustentabilidade ambiental e redução das emissões de carbono”, termo acolhido por Braga após emenda do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

A reforma também traz disposições sobre outros impostos estaduais e municipais. Portinho criticou a mudança que permite a alteração do IPVA por prefeitos por meio de decreto, dispensando a aprovação de vereadores.

Transição

Os novos impostos serão completamente instituídos apenas em 2033. Além disso, as regras para distribuição do IBS aos estados e municípios durará 50 anos. Para o senador Eduardo Girão (NOVO-CE), o longo tempo prejudicará a administração das empresas no país, que precisarão gastar mais com especialistas para se adequarem à transição.

Braga também atualizou seu texto-base para permitir a criação de novas contribuições por estados sobre produtos primários e semielaborados, como os produtos agropecuários. Algumas unidades federativas criaram esses tributos para financiar fundos destinados a investimentos em obras de infraestrutura e habitação, que serão prejudicadas com a reforma tributária.

A versão da Câmara dos Deputados previa trecho semelhante, mas foi retirado por Braga no texto-base. Agora ele retomou a possibilidade, mas com diversas restrições. Só poderão criar a contribuição os estados que já possuem um tributo semelhante e um fundo do gênero. As alíquotas não poderão ser maiores do que eram em 30 de abril de 2023 e os fundos devem manter regras de funcionamento como eram nesta data. Em 2043, as contribuições criadas deverão ser extintas.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte:Agência Senado / Publicação 07/11/2023

https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2023/11/07/reforma-tributaria-e-aprovada-na-ccj-e-segue-para-o-plenario

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terça-feira, 7 de novembro de 2023

Este adoçante não é muito conhecido – mas pode revolucionar o mercado

Caros Leitores;







(Imagem: Pedro Spadoni/Olhar Digital)

A busca por uma alternativa saudável e acessível ao açúcar de mesa pode ter encontrado um novo caminho promissor. Cientistas da Universidade da Califórnia (UC Davis) revelaram um “avanço significativo” na produção de alulose, uma substituta do açúcar que promete revolucionar o mercado alimentício.

Para quem tem pressa:

  • Cientistas da Universidade da Califórnia (UC Davis) fizeram um avanço significativo na produção de alulose, uma alternativa saudável e de baixa caloria ao açúcar de mesa;
  • A alulose, também conhecida como D-Psicose, é 70% tão doce quanto a sacarose, mas possui apenas 10% das calorias. Estudos mostraram benefícios para os níveis de glicose no sangue e perda de peso em pessoas com diabetes tipo 2;
  • O novo método envolve o uso de bactérias E. coli geneticamente modificadas para converter glicose em alulose, alcançando rendimentos de 62% e uma pureza acima de 95%;
  • Ao redirecionar os processos metabólicos da E. coli, as células foram capazes de produzir alulose de forma eficaz e sustentável, oferecendo uma produção escalável e economicamente viável;
  • Além do potencial de transformar a indústria alimentícia, a produção em massa de alulose pode ter impactos significativos na agricultura e na indústria farmacêutica.

A produção em massa dessa alternativa saudável tem sido desafiadora devido aos notoriamente baixos rendimentos e à baixa qualidade nos métodos de produção atuais, conforme publicado pela UC Davis.

Alulose: alternativa promissora ao açúcar









Também conhecida como D-Psicose, a alulose é cerca de 70% tão doce quanto a sacarose, mas possui apenas 10% das calorias. Além disso, estudos demonstraram que a alulose melhora os níveis de glicose no sangue e auxilia na perda de peso em indivíduos com diabetes tipo 2.

“A alulose é uma ótima alternativa ao açúcar, mas não tínhamos uma maneira economicamente viável de produzi-la”, disse o professor de química na UC Davis, Shota Atsumi. É aí que entra o novo método desenvolvido pela equipe de cientistas da universidade.

O processo inovador envolve a utilização de bactérias intestinais comuns, Escherichia coli (E. coli), que foram geneticamente modificadas para converter glicose em alulose. O resultado teve rendimentos atingindo 62% e uma pureza superior a 95%.

Os pesquisadores explicam que, ao redirecionar os processos metabólicos da E. coli, as células foram capazes de produzir alulose de forma eficaz e eficiente. Esse método não só promete uma produção escalável, mas também se destaca por ser sustentável e economicamente viável.

Impactos da produção

Além de seu potencial para transformar a indústria alimentícia, a capacidade de produzir alulose em larga escala pode ter impactos significativos em outras áreas, como na indústria agrícola e farmacêutica.

Com a notável eficiência da E. coli modificada, que consome toda a glicose que recebe, o processo requer pouco esforço adicional para melhorar a pureza, representando mais uma vantagem em relação aos métodos de produção atuais.

O estudo, publicado na revista científica Nature’s npj Science of Food, marca um passo importante na busca por alternativas saudáveis e sustentáveis ao açúcar de mesa, oferecendo uma nova perspectiva para a indústria alimentícia e além.

Fonte: Olhar Digital / Pedro Borges Spadoni   / Publicação 27/10/2023

https://olhardigital.com.br/2023/10/27/medicina-e-saude/este-adocante-nao-eh-muito-conhecido-mas-pode-revolucionar-o-mercado/

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quarta-feira, 1 de novembro de 2023

Biotecnologia

Caros Leitores;



 




Na sua forma mais simples, a biotecnologia é uma tecnologia baseada na biologia – a biotecnologia aproveita processos celulares e biomoleculares para desenvolver tecnologias e produtos que ajudam a melhorar as nossas vidas e a saúde do nosso planeta. Utilizamos os processos biológicos de microrganismos há mais de 6.000 anos para produzir produtos alimentares úteis, como pão e queijo, e para preservar produtos lácteos.

Fonte: Biotechnology Innovation Organization

https://www.bio.org/what-biotechnology

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domingo, 29 de outubro de 2023

Teoria do Jogo

 

 Caros Leitores;


A teoria é a ciência da estratégia. Tenta determinar matemática e logicamente as ações que os “jogadores” devem realizar para garantir os melhores resultados para si próprios numa vasta gama de “jogos”. Os jogos que estuda vão do xadrez à educação dos filhos e do tênis às aquisições. Mas todos os jogos partilham a característica comum da interdependência. Ou seja, o resultado para cada participante depende das escolhas (estratégias) de todos. Nos chamados jogos de soma zero, os interesses dos jogadores entram em conflito total, de modo que o ganho de uma pessoa é sempre a perda de outra. Mais típicos são os jogos com potencial para ganho mútuo (soma positiva) ou dano mútuo (soma negativa), bem como algum conflito.

A teoria dos jogos foi iniciada pelo matemático de Princeton John von Neumann . Nos primeiros anos, a ênfase estava em jogos de puro conflito (jogos de soma zero). Outros jogos foram considerados de forma cooperativa. Ou seja, os participantes deveriam escolher e implementar suas ações em conjunto. Pesquisas recentes concentraram-se em jogos que não são de soma zero nem puramente cooperativos. Nestes jogos os jogadores escolhem as suas ações separadamente, mas as suas ligações com outros envolvem elementos tanto de competição como de cooperação.

Os jogos são fundamentalmente diferentes das decisões tomadas num ambiente neutro. Para ilustrar esse ponto, pense na diferença entre as decisões de um lenhador e as de um general. Quando o lenhador decide como cortar lenha, ele não espera que a madeira revide; seu ambiente é neutro. Mas quando o general tenta reduzir o exército inimigo, ele deve antecipar e superar a resistência aos seus planos. Assim como o general, o jogador deve reconhecer sua interação com outras pessoas inteligentes e decididas. A sua própria escolha deve permitir tanto conflitos como possibilidades de cooperação.

A essência de um jogo é a interdependência das estratégias dos jogadores. Existem dois tipos distintos de interdependência estratégica: sequencial e simultânea. No primeiro caso, os jogadores se movem em sequência, cada um ciente das ações anteriores dos outros. Neste último, os jogadores agem ao mesmo tempo, cada um ignorando as ações dos outros.

Um princípio geral para um jogador em um jogo de movimentos sequenciais é olhar para frente e raciocinar para trás. Cada jogador deve descobrir como os outros jogadores responderão ao seu movimento atual, como ele responderá por sua vez e assim por diante. O jogador antecipa onde suas decisões iniciais irão levar e usa essas informações para calcular sua melhor escolha atual. Ao pensar sobre como os outros reagirão, ele deve se colocar no lugar deles e pensar como eles pensariam; ele não deveria impor seu próprio raciocínio a eles.

Em princípio, qualquer jogo sequencial que termine após uma sequência finita de movimentos pode ser “resolvido” completamente. Determinamos a melhor estratégia de cada jogador olhando para todos os resultados possíveis. Jogos simples, como o jogo da velha, podem ser resolvidos desta forma e, portanto, não são desafiadores. Para muitos outros jogos, como o xadrez, os cálculos são demasiado complexos para serem realizados na prática – mesmo com computadores. Portanto, os jogadores olham alguns lances à frente e tentam avaliar as posições resultantes com base na experiência.

Em contraste com a cadeia linear de raciocínio dos jogos sequenciais, um jogo com movimentos simultâneos envolve um círculo lógico. Embora os jogadores atuem ao mesmo tempo, ignorando as ações atuais dos outros, cada um deve estar ciente de que existem outros jogadores que estão igualmente conscientes, e assim por diante. O pensamento é: “Acho que ele pensa que eu penso. .” Portanto, cada um deve se colocar figurativamente no lugar de todos e tentar calcular o resultado. A sua melhor acção é parte integrante deste cálculo global.

Este círculo lógico é quadrado (o raciocínio circular é levado a uma conclusão) usando um conceito de equilíbrio desenvolvido pelo matemático de Princeton, John Nash . Procuramos um conjunto de escolhas, uma para cada jogador, de modo que a estratégia de cada pessoa seja a melhor para ele quando todos os outros estão jogando as melhores estratégias estipuladas. Em outras palavras, cada um escolhe sua melhor resposta ao que os outros fazem.

Às vezes, a melhor escolha de uma pessoa é a mesma, não importa o que as outras façam. Isso é chamado de “estratégia dominante” para aquele jogador. Outras vezes, um jogador tem uma escolha uniformemente má – uma “estratégia dominada” – no sentido de que alguma outra escolha é melhor para ele, independentemente do que os outros façam. A procura de um equilíbrio deve começar pela procura de estratégias dominantes e pela eliminação das dominadas.

Quando dizemos que um resultado é um equilíbrio, não há nenhuma presunção de que a melhor escolha privada de cada pessoa levará a um resultado colectivamente óptimo. Na verdade, existem exemplos notórios, como o dilema dos prisioneiros (ver abaixo), em que os jogadores são levados a um mau resultado por cada um seguir os seus melhores interesses privados.

A noção de equilíbrio de Nash continua sendo uma solução incompleta para o problema do raciocínio circular em jogos de movimentos simultâneos. Alguns jogos têm muitos desses equilíbrios, enquanto outros não têm nenhum. E o processo dinâmico que pode levar a um equilíbrio não é especificado. Mas, apesar destas falhas, o conceito revelou-se extremamente útil na análise de muitas interacções estratégicas.

Muitas vezes pensa-se que a aplicação da teoria dos jogos exige que todos os jogadores sejam hiperracionais. A teoria não faz tais afirmações. Os jogadores podem ser rancorosos ou invejosos, bem como caridosos e empáticos. Lembre-se da emenda de George Bernard Shaw à Regra de Ouro: “Não faça aos outros o que gostaria que fizessem a você. Seus gostos podem ser diferentes.” Além de motivações diferentes, outros jogadores podem ter informações diferentes. Ao calcular um equilíbrio ou antecipar a resposta ao seu movimento, você sempre deve considerar os outros jogadores como eles são, e não como você é.

Os seguintes exemplos de interação estratégica ilustram alguns dos fundamentos da teoria dos jogos.

O dilema dos prisioneiros. Dois suspeitos são interrogados separadamente e cada um pode confessar ou ficar calado. Se o suspeito A permanecer em silêncio, então o suspeito B poderá conseguir um acordo melhor confessando. Se A confessa, é melhor que B confesse para evitar um tratamento especialmente severo. A confissão é a estratégia dominante de B. O mesmo é verdade para A. Portanto, em equilíbrio ambos confessam. Ambos se sairiam melhor se permanecessem em silêncio. Esse comportamento cooperativo pode ser alcançado em jogadas repetidas do jogo porque o ganho temporário da trapaça (confissão) pode ser compensado pela perda a longo prazo devido à quebra da cooperação. Estratégias como o olho por olho são sugeridas neste contexto.

Misturando movimentos. Em algumas situações de conflito, qualquer ação sistemática será descoberta e explorada pelo rival. Portanto, é importante manter o rival na dúvida misturando seus movimentos. Exemplos típicos surgem nos esportes — seja para correr ou passar em uma situação específica no futebol, ou para acertar um passe na quadra ou na linha no tênis. A teoria dos jogos quantifica esta percepção e detalha as proporções corretas de tais misturas.

Movimentos estratégicos. Um jogador pode usar ameaças e promessas para alterar as expectativas de outros jogadores sobre suas ações futuras e, assim, induzi-los a tomar ações favoráveis ​​a ele ou dissuadi-los de fazer movimentos que o prejudiquem. Para ter sucesso, as ameaças e promessas devem ser credíveis. Isto é problemático porque, quando chega a altura, é geralmente dispendioso executar uma ameaça ou cumprir uma promessa. A teoria dos jogos estuda várias maneiras de aumentar a credibilidade. O princípio geral é que pode ser do interesse do jogador reduzir a sua própria liberdade de acção futura. Ao fazer isso, ele elimina a própria tentação de renegar uma promessa ou de perdoar as transgressões dos outros.

Por exemplo, Cortés afundou todos os seus navios, exceto um, ao chegar ao México, eliminando propositalmente a retirada como opção. Sem navios para voltar para casa, Cortés teria sucesso em sua conquista ou pereceria. Embora os seus soldados estivessem em grande desvantagem numérica, esta ameaça de lutar até à morte desmoralizou a oposição, que optou por recuar em vez de lutar contra um adversário tão determinado. A Polaroid Corporation usou uma estratégia semelhante quando se recusou propositalmente a diversificar fora do mercado de fotografia instantânea. Estava comprometida com uma batalha de vida ou morte contra qualquer intruso no mercado. Quando a Kodak entrou no mercado de fotografia instantânea, a Polaroid colocou todos os seus recursos na luta; quatorze anos depois, a Polaroid ganhou um processo de quase um bilhão de dólares contra a Kodak e recuperou seu monopólio de mercado. (O foco da Polaroid em produtos de filme instantâneo mais tarde provou ser caro quando a empresa não conseguiu diversificar para a fotografia digital.)

Outra forma de tornar as ameaças credíveis é empregar a estratégia aventureira da ousadia – criando deliberadamente o risco de que, se outros jogadores não agirem como você gostaria, o resultado será ruim para todos. Introduzida por Thomas Schelling em A Estratégia do Conflito, a ousadia “é a tática de deixar deliberadamente a situação ficar um pouco fora de controle, só porque estar fora de controle pode ser intolerável para a outra parte e forçar sua acomodação”. Quando os manifestantes em massa confrontaram governos totalitários na Europa de Leste e na China, ambos os lados estavam envolvidos exactamente nessa estratégia. Às vezes, um lado recua e admite a derrota; às vezes, a tragédia ocorre quando eles caem juntos no abismo.

De barganha. Dois jogadores decidem como dividir uma torta. Cada um quer uma parcela maior e ambos preferem chegar a um acordo mais cedo ou mais tarde. Quando os dois se revezam fazendo ofertas, o princípio de olhar para frente e raciocinar para trás determina as parcelas de equilíbrio. O acordo é alcançado imediatamente, mas o custo do atraso rege as ações. O jogador mais impaciente para chegar a um acordo fica com uma parcela menor.

Ocultar e revelar informações. Quando um jogador sabe algo que outros não sabem, por vezes fica ansioso por ocultar essa informação (a sua mão no póquer) e outras vezes quer revelá-la de forma credível (o compromisso de uma empresa com a qualidade). Em ambos os casos, o princípio geral é que as ações falam mais alto que as palavras. Para ocultar informações, misture seus movimentos. Blefar no pôquer, por exemplo, não deve ser sistemático. Lembre-se da máxima de Winston Churchill de esconder a verdade num “guarda-costas de mentiras”. Para transmitir informações, utilize uma acção que seja um “sinal” credível, algo que não seria desejável se as circunstâncias fossem de outra forma. Por exemplo, uma garantia estendida é um sinal confiável para o consumidor de que a empresa acredita estar produzindo um produto de alta qualidade.

Avanços recentes na teoria dos jogos conseguiram descrever e prescrever estratégias apropriadas em diversas situações de conflito e cooperação. Mas a teoria está longe de estar completa e, em muitos aspectos, a concepção de uma estratégia bem-sucedida continua a ser uma arte.


sobre os autores

Avinash Dixit é professor de economia da Universidade John JF Sherrerd '52 na Universidade de Princeton. Barry Nalebuff é professor de administração Milton Steinbach na Escola de Administração da Universidade de Yale. Eles são coautores de Pensando Estrategicamente.


Leitura adicional

Introdutório

Ankeny, Nesmith. Estratégia de pôquer: vencendo com a teoria dos jogos. Nova York: Livros Básicos, 1981.
BRAMS, Steven. Teoria e Política dos Jogos. Nova York: Imprensa Livre, 1979.
Brandenburger, Adam e Barry Nalebuff. Coopetição. Nova York: Doubleday, 1996.
Davis, Morton. Teoria dos Jogos: Uma Introdução Não Técnica. 2ª edição. Nova York: Livros Básicos, 1983.
Dixit, Avinash e Barry Nalebuff. Pensando estrategicamente: uma vantagem competitiva nos negócios, na política e na vida cotidiana. Nova York: WW Norton, 1991.
Dixit, Avinash e Susan Skeath. Jogos de Estratégia. 2ª edição. Nova York: WW Norton, 2004.
"Teoria do jogo." Wikipédia. On-line em: http://en.wikipedia.org/wiki/Game_Theory .
Luce, Duncan e Howard Raiffa. Jogos e Decisões. Nova York: Wiley, 1957.
McDonald, João. Estratégia em Poker, Negócios e Guerra. Nova York: WW Norton, 1950.
Osborne, Martin. Uma introdução à teoria dos jogos. Nova York: Oxford University Press, 2003.
PORTER, Michael. Estratégia competitiva. Nova York: Free Press, 1982.
Raiffa, Howard. A Arte e Ciência da Negociação. Cambridge: Harvard University Press, 1982.
Riker, William. A Arte da Manipulação Política. New Haven: Yale University Press, 1986.
Schelling, Thomas. A Estratégia do Conflito. Cambridge: Harvard University Press, 1960.
Williams, JD O estrategista completo. Rev.ed. Nova York: McGraw-Hill, 1966.


Para saber mais, acesse o link>


Fonte: Econlib / 
Por Avinash Dixit e Barry Nalebuff
https://www.econlib.org/library/Enc/GameTheory.html

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Web Science Academy; Hélio R.M.Cabral (Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos de Economia, Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia Climatologia). Participou do curso (EAD) de Astrofísica, concluído em 2020, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

>Autor de cinco livros, que estão sendo vendidos nas livrarias Amazon, Book Mundo e outras.