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quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Neurocientista Miguel Nicolelis lança ficção científica sobre colapso do planeta

 Caros Leitores;

Obra narra catástrofe sem precedentes que pode levar o planeta Terra ao colapso; veja datas de eventos de lançamento.

O neurocientista Miguel Nicolelis, um dos cientistas brasileiros de maior projeção da atualidade, faz sua estreia na literatura de ficção científica com o livro “Nada Mais Será Como Antes” (editora Planeta). O livro chega às livrarias físicas e digitais neste mês de agosto.

Na obra, Nicolelis, que também é colunista na CNN, conta a história de uma catástrofe sem precedentes para o planeta Terra, capaz de levar a humanidade ao colapso. A trama acompanha cientistas, políticos e outros personagens influentes entre suas vidas pessoais e a tragédia que se aproxima.

São três as possibilidades plausíveis para a extinção da humanidade, na visão de Nicolelis — destruição dos ecossistemas por impacto de meteoro, pandemia global e forte erupção solar — mas o leitor deve descobrir qual dessas está em andamento no livro enquanto avança na leitura.

Esta não é a primeira vez que o cientista atua como escritor. Anteriormente, Nicolelis publicou obras como “Muito Além do Nosso Eu” (Companhia das Letras, 2011), “Made In Macaíba” (Crítica, 2016) e “O Verdadeiro Criador de Tudo: Como O Cérebro Humano Esculpiu O Universo Como Nós O Conhecemos” (Crítica, 2020). As obras anteriores, porém, tratam de temas de ciência e assuntos relacionados à pesquisa do autor.

Nicolelis é pesquisador do cérebro humano e professor emérito da Universidade Duke, nos Estados Unidos. O cientista é fundador do Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lily Safra e do Nicolelis Institute for Advanced Brain Studies.

Nesta segunda-feira (19), a partir das 18h, o escritor faz o lançamento da obra em evento na Livraria da Vila Fradique Coutinho, em São Paulo (rua Fradique Coutinho, 915), com bate-papo e sessão de autógrafos.

No dia 28 de agosto, o lançamento acontece em Santos, litoral de SP, na livraria Realejo (av. Mal. Deodoro, 2).


Livro: “Nada Mais Será Como Antes”

Autor: Miguel Nicolelis

Editora: Planeta (Planeta Minotauro)

Páginas: 512

Preço: R$ 89,90 (impresso); 62,90 (digital)


Lançamento de “Nada Mais Será Como Antes” – São Paulo

Data: 19 de agosto

Horário: a partir das 18h

Local: Livraria da Vila Fradique Coutinho – rua Fradique Coutinho, 915

Para saber mais, acesse o linlk>

Fonte: Everton Lopes Batista da CNN /  CCN Brasil  / Publicação 19/08/2024

https://www.cnnbrasil.com.br/entretenimento/neurocientista-miguel-nicolelis-lanca-ficcao-cientifica-sobre-colapso-do-planeta/

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Obrigado pela sua visita e volte sempre!
Web Science Academy; Hélio R.M.Cabral (Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos de Economia, Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia Climatologia). Participou do curso (EAD) de Astrofísica, concluído em 2020, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

>Autor de cinco livros, que estão sendo vendidos nas livrarias Amazon, Book Mundo e outras.

sexta-feira, 16 de agosto de 2024

Redes neurais de luz finalmente operam usando apenas fótons

Caros Leitores;







Este é o núcleo do processador óptico que opera unicamente com fótons, consumindo pouquíssima energia.
[Imagem: Alain Herzog]

Redes neurais de luz

Pesquisadores suíços criaram um hardware programável que elimina um gargalo computacional fundamental da computação com luz, incluindo os sistemas de inteligência artificial ópticos.

Em uma série de experimentos de classificação de imagens, a equipe demonstrou que seu equipamento executa cálculos precisos e facilmente expansíveis usando a luz dispersa de um laser de baixa potência, ou seja, usando uma fração da energia consumida pelos computadores eletrônicos necessários para fazer os mesmos cálculos e mesmo dos processadores de luz anteriores.

As demonstrações anteriores, e têm sido inúmeras ultimamente, tipicamente se baseiam em lasers de alta potência, o que diminui os ganhos oferecidos pela utilização da luz em lugar da eletricidade.

À medida que os sistemas de inteligência artificial digital crescem em tamanho e funcionalidade, também cresce a energia necessária para treiná-los e fazê-los funcionar. Redes neurais profundas, inspiradas pela arquitetura do cérebro humano, são especialmente famintas por energia devido aos milhões ou até bilhões de conexões (sinapses artificiais) entre múltiplas camadas de processadores neuromórficos.

Computação óptica

Para neutralizar essa crescente demanda de energia, os pesquisadores dobraram os esforços para implementar sistemas de computação óptica, que existem como curiosidade científica desde a década de 1980. Esses sistemas usam os fótons para processar dados e, embora a luz possa teoricamente ser usada para executar cálculos muito mais rápida e eficientemente do que elétrons, um desafio fundamental tem dificultado a capacidade dos sistemas ópticos de superar o estado da arte eletrônico.

"Para classificar dados em uma rede neural, cada nó, ou 'neurônio', deve tomar uma 'decisão' de disparar ou não com base em dados de entrada ponderados. Essa decisão leva ao que é conhecido como uma transformação não linear dos dados, o que significa que a saída não é diretamente proporcional à entrada," explica o professor Christophe Moser, da Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL).

Enquanto redes neurais digitais podem facilmente realizar transformações não lineares usando transistores, os sistemas ópticos exigem lasers muito potentes para fazer a mesma coisa.

Para desenvolver um método energeticamente eficiente para executar essas computações não lineares opticamente a equipe mudou a abordagem de codificação dos dados, com os píxeis de cada imagem sendo inseridos na modulação espacial de um feixe de laser de baixa potência. O feixe reflete de volta sobre si mesmo várias vezes, levando a uma multiplicação não linear dos píxeis.

"Nossos experimentos de classificação de imagens em três conjuntos de dados diferentes mostraram que nosso método é escalonável e até 1.000 vezes mais eficiente em termos de energia do que as redes digitais profundas de última geração, tornando-o uma plataforma promissora para a realização de redes neurais ópticas," contou o professor Demetri Psaltis.

Entenda a computação com fótons

Na natureza, os fótons não interagem diretamente uns com os outros do mesmo modo que acontece com os elétrons. Para conseguir fazer transformações não lineares usando sistemas baseados em luz, os cientistas tiveram então que "forçar" os fótons a interagir indiretamente. A técnica mais usada consiste em disparar uma luz intensa o suficiente para modificar as propriedades ópticas de um vidro ou outro material pelo qual a luz passa.

A equipe suíça contornou essa necessidade de um laser de alta potência com uma solução surpreendentemente simples: Eles codificaram espacialmente os píxeis de uma imagem sobre a superfície de um feixe de laser de baixa potência. Ao repetir a operação, por meio do ajuste da trajetória do laser no codificador, os píxeis são multiplicados por si mesmos, ou seja, elevados ao quadrado. Como a potência de dois é uma transformação não linear, essa modificação estrutural atinge a não linearidade tão essencial para os cálculos das redes neurais, com a vantagem de fazer isto a uma fração do custo de energia.

Essa codificação pode ser realizada duas, três ou até dez vezes, aumentando a não linearidade da transformação e a precisão do cálculo. Tudo usando apenas luz, sem depender mais dos materiais de mudança de fase usados para imitar a interação entre os fótons.

Essa escalabilidade é uma grande vantagem, já que o objetivo final é usar sistemas híbridos eletrônicos-ópticos para mitigar o consumo de energia das redes neurais digitais. No entanto, será necessário antes aprimorar a engenharia do sistema para atingir esse aumento de escala - por exemplo, como os sistemas ópticos usam hardware diferente dos sistemas eletrônicos, um próximo passo, no qual os pesquisadores já estão trabalhando, é desenvolver um compilador para traduzir os dados digitais em código que os sistemas ópticos consigam entender e usar.

Bibliografia:

Artigo: Nonlinear Processing with Linear Optics
Autores: Mustafa Yildirim, Niyazi Ulas Dinc, Ilker Oguz, Demetri Psaltis, Christophe Moser
Revista: Nature Photonics
DOI: 10.1038/s41566-024-01494-z

Para saber mais, acesse o linlk>

Fonte: Inovação Tenológica   / Publicação 14/08/2024

https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=redes-neurais-luz-finalmente-operam-usando-apenas-fotons&id=010150240814

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quinta-feira, 8 de agosto de 2024

Os 10 livros essenciais para mentes brilhantes

Caros Leitores;







A literatura sempre foi um portal para novas ideias, culturas e universos paralelos. Desde os primeiros relatos escritos até os romances contemporâneos, a palavra escrita tem o poder de transportar os leitores para mundos desconhecidos e oferecer novas perspectivas sobre a vida e a existência.

Através das páginas dos livros, podemos experimentar vidas que nunca viveríamos, compreender culturas com as quais nunca teríamos contato e explorar conceitos e ideias que podem ser desafiadores ou até revolucionários.

Ela é uma forma de arte que nos permite explorar a profundidade da condição humana e as complexidades do mundo ao nosso redor. As obras literárias capturam a essência das emoções humanas, desde a alegria e o amor até a tristeza e o desespero.

Elas nos proporcionam uma janela para o espírito humano, revelando tanto nossas fraquezas quanto nossas forças. Além disso, a literatura aborda questões sociais, políticas e filosóficas, permitindo uma análise crítica da sociedade e das normas que a regem.

Para aqueles que buscam expandir suas mentes e enriquecer suas perspectivas, selecionar as leituras certas pode fazer toda a diferença. A escolha de um bom livro pode abrir portas para novos conhecimentos e entendimentos, oferecer consolo em momentos difíceis ou inspirar mudanças em nossas vidas.

Livros clássicos oferecem uma riqueza de sabedoria acumulada ao longo dos séculos, enquanto obras contemporâneas nos conectam com as realidades e desafios do mundo atual. Independentemente da época em que foram escritos, os grandes livros têm o poder de influenciar nossas ideias, moldar nossos valores e transformar nossa visão do mundo.

Clássicos que resistem ao tempo







1. “Dom Quixote” de Miguel de Cervantes

Publicado em duas partes (1605 e 1615), “Dom Quixote” de Miguel de Cervantes é considerado o primeiro romance moderno, revolucionando a narrativa literária de sua época e estabelecendo fundamentos que influenciam a literatura até hoje.

A história acompanha Alonso Quixano, um fidalgo da Mancha que, após ler muitos romances de cavalaria, decide se tornar o cavaleiro andante Dom Quixote de la Mancha. Armado com uma armadura antiga e montado em seu cavalo Rocinante, ele parte em busca de aventuras, acompanhado por seu fiel escudeiro Sancho Pança, confundindo moinhos de vento com gigantes e rebanhos de ovelhas com exércitos inimigos, criando situações cômicas e trágicas.

A sátira de Cervantes à literatura de cavalaria serve como uma reflexão profunda sobre a realidade e a ilusão. Dom Quixote é usado para criticar a visão idealizada e ultrapassada da cavalaria, expondo o contraste entre o mundo real e o mundo de fantasia.

Através das experiências do cavaleiro andante, Cervantes explora temas como loucura, sanidade, percepção e realidade. Sancho Pança, com sua visão prática, contrasta com o idealismo delirante de seu mestre, proporcionando um equilíbrio humorístico e uma perspectiva crítica sobre as percepções do leitor.

Além de sua crítica literária, “Dom Quixote” aborda questões sociais e políticas da época, criticando a hipocrisia e a corrupção da nobreza, as injustiças sociais e a rigidez das estruturas sociais.

A relação complexa entre Dom Quixote e Sancho Pança ilustra amizade e lealdade, enquanto a narrativa inovadora de Cervantes, que mistura ficção e realidade e quebra a quarta parede, adiciona uma dimensão extra à obra, antecipando técnicas literárias modernas. Através das aventuras de Dom Quixote, o livro oferece um panorama abrangente da sociedade espanhola do século XVII.

2. “Orgulho e Preconceito” de Jane Austen

“Orgulho e Preconceito” (1813), de Jane Austen é um romance que examina as complexidades das relações sociais e amorosas na Inglaterra do século XIX.

A obra combina uma narrativa envolvente com uma crítica social afiada, explorando temas como amor, casamento, classe social e expectativas de gênero através de personagens habilmente desenvolvidos. Austen é amplamente reconhecida por sua habilidade em retratar a sociedade de sua época de maneira perspicaz e humorística.

Elizabeth Bennet, a protagonista, é uma jovem inteligente e independente que desafia as expectativas sociais de sua época. Como uma das cinco irmãs Bennet, cada uma com suas próprias personalidades e aspirações, Elizabeth se destaca por sua sagacidade e determinação em encontrar um parceiro que respeite sua inteligência e independência. Essa postura a coloca em conflito com as normas sociais e os valores de sua família, especialmente sua mãe, que está ansiosa para casar suas filhas rapidamente.

Austen utiliza “Orgulho e Preconceito” para criticar a rigidez das classes sociais e a pressão para que as mulheres se casem como um meio de assegurar sua posição social. A relação entre Elizabeth e Mr. Darcy exemplifica essa crítica, mostrando a evolução de ambos personagens à medida que confrontam e superam suas falhas.

O romance é conhecido por seus personagens vívidos e multifacetados, como Mr. Collins e Lady Catherine de Bourgh, que refletem as hierarquias sociais da época. Com ironia afiada e diálogos espirituosos, Austen oferece uma visão crítica e satírica da sociedade, tornando “Orgulho e Preconceito” uma obra atemporal e relevante até hoje.

3. “Crime e Castigo” de Fiódor Dostoiévski

Publicado em 1866, “Crime e Castigo” de Fiódor Dostoiévski é um romance amplamente reconhecido como uma das obras mais importantes da literatura russa e mundial. A história centra-se em Rodion Raskólnikov, um jovem estudante de direito atormentado pela pobreza e por uma sensação de superioridade intelectual, que comete um assassinato na tentativa de provar uma teoria moral pessoal.

A narrativa mergulha profundamente na psicologia de Raskólnikov, explorando os dilemas morais e existenciais que ele enfrenta após o crime, incluindo a culpa, o medo e a luta interna entre o bem e o mal.

Através das experiências de Raskólnikov, Dostoiévski explora a complexidade do espírito humano e a ideia de redenção através do sofrimento. Raskólnikov acredita inicialmente que certas pessoas têm o direito de transgredir as leis morais para alcançar objetivos superiores, mas à medida que a história avança, ele é consumido por um tormento interno que o leva à beira da loucura.

A interação com personagens como Sônia Marmeládova, que representa a possibilidade de salvação espiritual e perdão, oferece a Raskólnikov um caminho potencial para a redenção através do amor e da fé.

Além dos temas de culpa e redenção, “Crime e Castigo” aborda questões sociais e econômicas da Rússia do século XIX, destacando as desigualdades e as dificuldades enfrentadas pelos pobres. A narrativa detalhada e introspectiva de Dostoiévski permite aos leitores mergulharem profundamente na mente de Raskólnikov, oferecendo uma visão íntima e perturbadora de sua psique.

A obra é uma meditação sobre a natureza do poder e da liberdade, sugerindo que a verdadeira liberdade só pode ser alcançada através da aceitação das responsabilidades morais e da busca pela redenção. A influência do romance na literatura e na filosofia é imensa, continuando a ser estudado e admirado por sua profundidade psicológica e capacidade de abordar questões universais.

4. “1984” de George Orwell

O livro “1984” de George Orwell é uma distopia que retrata um futuro onde um regime totalitário controla todos os aspectos da vida dos cidadãos. A obra foi publicada em 1949.

A narrativa apresenta uma sociedade onde a liberdade individual é suprimida e a verdade é constantemente distorcida, oferecendo uma crítica contundente ao autoritarismo e à manipulação da informação. Reconhecido como uma das obras mais influentes do século XX, o romance ilustra como o controle absoluto pode ser mantido através da propaganda e da censura.

O protagonista, Winston Smith, trabalha no Ministério da Verdade, onde altera registros históricos para alinhar-se com a narrativa do Partido, liderado pelo enigmático Grande Irmão. Esta manipulação da história garante que o Partido mantenha um controle total sobre o passado, presente e futuro, eliminando qualquer possibilidade de dissidência.

A sociedade de “1984” é governada por lemas paradoxais como “Guerra é Paz, Liberdade é Escravidão, Ignorância é Força”, que exemplificam a inversão perversa da realidade e a criação de um ambiente de medo e conformidade forçada.

A luta de Winston contra a opressão do Estado é central à narrativa. Ele começa a questionar a autoridade do Partido e busca a verdade, encontrando em Julia uma parceira na rebelião. No entanto, a brutalidade do regime, manifestada na tortura e reeducação na temida Sala 101, ilustra a capacidade do Partido de esmagar a dissidência e destruir a individualidade.

“1984” aborda temas de vigilância e privacidade, antecipando debates modernos sobre o equilíbrio entre segurança e liberdade, e permanece relevante ao destacar a fragilidade da democracia e a necessidade de resistir ao autoritarismo.

5. “O Grande Gatsby” de F. Scott Fitzgerald

Publicado em 1925, “O Grande Gatsby” de F. Scott Fitzgerald é uma reflexão profunda sobre o sonho americano e a decadência moral da sociedade dos anos 1920. Ambientado na vibrante Era do Jazz, o romance captura a essência de uma época marcada pelo excesso e pela busca desenfreada por riqueza, retratando o desmoronamento dos valores tradicionais.

A história é narrada por Nick Carraway, que nos apresenta Jay Gatsby, um homem misterioso e rico, obcecado por reconquistar Daisy Buchanan, uma mulher bela e superficial que simboliza tudo o que Gatsby deseja.

Nick Carraway, recém-chegado a Long Island, aluga uma casa modesta ao lado da mansão opulenta de Gatsby. Através de suas observações e interações com Gatsby, Daisy e outros membros da elite social, Nick oferece uma visão crítica e melancólica da vida luxuosa, mas vazia, daquela sociedade.

A narrativa de Nick reflete o desencanto e a desilusão de Fitzgerald com a elite social e as pressões do sonho americano. Gatsby, nascido James Gatz, reinventou-se e acumulou fortuna na esperança de conquistar Daisy, mas permanece isolado e infeliz, preso em sua busca por um passado idealizado

Através do personagem de Gatsby, Fitzgerald critica a busca incessante por riqueza e status e a superficialidade que acompanha esse desejo. Gatsby representa a ilusão de que o sucesso material pode trazer felicidade e realização pessoal. Sua devoção a Daisy, e a superficialidade das relações sociais simbolizadas por suas festas luxuosas, sublinham a futilidade de sua busca.

A trágica morte de Gatsby e a ausência de seus conhecidos em seu funeral destacam a falácia do sonho americano e a superficialidade das relações baseadas no status e no consumo, oferecendo uma crítica mordaz à corrupção e decadência moral da sociedade dos anos 1920.

Obras contemporâneas que desafiam e inspiram

1. “Sapiens: Uma Breve História da Humanidade” de Yuval Noah Harari

Publicado em 2011, “Sapiens: Uma Breve História da Humanidade” de Yuval Noah Harari oferece uma análise abrangente da evolução humana, desde a era das pedras até a era dos algoritmos. Através de uma narrativa envolvente, Harari explora como os humanos evoluíram, como as sociedades se formaram e os impactos profundos das revoluções cognitivas, agrícolas e científicas.

O livro não é apenas uma compilação de fatos históricos, mas um convite a refletir sobre nosso passado, presente e futuro, oferecendo uma nova perspectiva sobre nossa espécie.

Harari detalha como o Homo sapiens se destacou entre outras espécies do gênero Homo, tornando-se a espécie dominante. A Revolução Cognitiva, ocorrida há cerca de 70.000 anos, permitiu aos sapiens criar e acreditar em ficções, como mitos, deuses, nações e corporações, possibilitando a cooperação em larga escala e a formação de sociedades complexas.

A Revolução Agrícola, iniciada há aproximadamente 10.000 anos, transformou radicalmente a sociedade humana, levando à criação de excedentes alimentares, surgimento de classes sociais, cidades e estados, mas também trouxe desigualdades sociais e impactos ambientais significativos.

Na era moderna, Harari discute a Revolução Científica, que começou há cerca de 500 anos, moldando o mundo contemporâneo e alterando profundamente as estruturas sociais e políticas. Ele destaca como a ciência e a tecnologia transformaram a sociedade e como ideologias como capitalismo, socialismo e liberalismo se desenvolveram.

Harari conecta eventos históricos com grandes questões filosóficas e existenciais, analisando como mitos e narrativas coletivas consolidam poder e coesão social, mas também justificam guerras, opressão e desigualdade. “Sapiens” desafia os leitores a refletirem sobre a identidade, cultura e sustentabilidade, destacando a necessidade urgente de repensar nossa interação com o planeta e o futuro da humanidade.

2. “O Conto da Aia” de Margaret Atwood

Publicado em 1985, “O Conto da Aia” de Margaret Atwood é uma distopia ambientada na República de Gilead, uma sociedade teocrática e totalitária que surgiu após a queda dos Estados Unidos devido a crises ecológicas e sociais. Nesta sociedade, as mulheres são subjugadas e têm seus direitos retirados, sendo categorizadas e controladas de acordo com sua função na reprodução e no serviço à elite governante.

A protagonista, Offred, é uma Aia cuja função é exclusivamente procriar para os Comandantes e suas esposas, vivendo sob vigilância constante e privada de sua liberdade e identidade.

O regime de Gilead é fundamentado em uma interpretação extremista da Bíblia, utilizada para justificar a subjugação das mulheres e a eliminação de suas liberdades individuais.

As mulheres são proibidas de ler, escrever, trabalhar e possuir propriedades, sendo reduzidas a papéis estritamente definidos como Esposas, Aias, Marthas e Tias. Offred, forçada a participar de um ritual mensal chamado “Cerimônia”, simboliza a completa objetificação e desumanização das mulheres.

Sua luta interna para manter sua identidade e sanidade diante da opressão é um dos aspectos mais poderosos do romance, destacando a resistência e resiliência humanas.

Através das experiências de Offred, Atwood oferece uma crítica contundente às opressões de gênero e aos perigos dos regimes autoritários. A distopia de Gilead serve como um aviso sobre como crises sociais e políticas podem ser manipuladas para justificar a implementação de regimes totalitários, destacando os perigos do fanatismo religioso e da interseção entre religião e política.

“O Conto da Aia” explora questões contemporâneas de direitos reprodutivos e liberdade individual, sublinhando a importância da vigilância e resistência contra qualquer forma de opressão.

3. “Cem Anos de Solidão” de Gabriel García Márquez

Publicado em 1967, “Cem Anos de Solidão” de Gabriel García Márquez é um marco do realismo mágico, contando a saga da família Buendía na fictícia cidade de Macondo. A obra é amplamente considerada uma das maiores da literatura mundial, combinando mito e realidade para explorar temas universais como solidão, amor, guerra e destino.

A narrativa começa com o patriarca José Arcadio Buendía e sua esposa Úrsula, que fundam Macondo, e desenvolve-se ao longo de sete gerações, repletas de eventos sobrenaturais e paixões intensas, criando uma história que é ao mesmo tempo épica e íntima.

A saga dos Buendía é marcada pela repetição de nomes e características, reforçando a ideia de um ciclo inevitável de repetição e destino. José Arcadio Buendía, o fundador de Macondo, é uma figura visionária cuja busca incessante por conhecimento o leva à loucura, contrastando com a sabedoria prática e estabilidade de Úrsula, sua esposa.

Márquez aborda a solidão como uma condição existencial que aflige todos os membros da família, variando desde a introspecção melancólica até o isolamento autoimposto, com Macondo servindo como um microcosmo dessa solidão.

O romance também explora a guerra e a política, especialmente através do personagem do Coronel Aureliano Buendía, cujas lutas revolucionárias refletem as desilusões políticas da América Latina. Márquez utiliza símbolos poderosos, como o dilúvio de quatro anos, para representar a purificação e o renascimento após períodos de decadência.

A prosa lírica de Márquez, repleta de linguagem poética e detalhes oníricos, transforma o cotidiano em algo extraordinário, fazendo de “Cem Anos de Solidão” uma meditação sobre o tempo e a memória que desafia o leitor a reconsiderar suas percepções da história e do destino.

4. “O Homem que Confundiu Sua Mulher com um Chapéu” de Oliver Sacks

“O Homem que Confundiu Sua Mulher com um Chapéu” (1985) é uma coleção de estudos de caso do renomado neurologista Oliver Sacks, que explora as estranhas e fascinantes condições neurológicas de seus pacientes.

Com uma habilidade única de narrar experiências clínicas com empatia e clareza, Sacks revela a complexidade do cérebro humano e desafia nossas noções de identidade e percepção. A obra é essencial para interessados em neurociência e psicologia, oferecendo uma visão profunda e acessível das profundezas da mente humana.

O título do livro é inspirado por um dos casos mais famosos descritos por Sacks, envolvendo um músico talentoso chamado Dr. P., que sofre de agnosia visual, uma condição que o impede de reconhecer rostos e objetos familiares.

Este caso, onde Dr. P. confunde a cabeça de sua esposa com um chapéu, ilustra a natureza enigmática dos distúrbios neurológicos e levanta questões sobre a relação entre percepção, consciência e realidade.

Sacks aborda uma ampla gama de condições, desde a síndrome de Korsakoff, que afeta a memória, até a síndrome de Tourette, que provoca tiques involuntários, sempre combinando rigor científico com uma sensibilidade humanista.

As histórias de Sacks não só revelam a complexidade do cérebro humano, mas também desafiam as noções tradicionais de normalidade e anormalidade. Ele argumenta que os distúrbios neurológicos podem oferecer insights valiosos sobre o funcionamento do cérebro e a natureza da consciência.

Além de seu valor literário, a obra tem implicações significativas para a prática médica, defendendo uma abordagem holística que considera a história de vida e o contexto social dos pacientes. “O Homem que Confundiu Sua Mulher com um Chapéu” é uma meditação sobre a condição humana, celebrando a diversidade e a resiliência das experiências humanas diante das adversidades neurológicas.

5. “A Insustentável Leveza do Ser” de Milan Kundera

Publicado em 1984, “A Insustentável Leveza do Ser” de Milan Kundera é um romance filosófico ambientado durante a Primavera de Praga em 1968, um período de liberalização política na Tchecoslováquia que terminou com a invasão soviética.

A obra explora temas complexos como amor, liberdade, opressão, identidade e a natureza efêmera da existência. Kundera combina filosofia, política e romance para criar uma narrativa rica e multifacetada que é tanto intelectualmente estimulante quanto emocionalmente envolvente.

A história gira em torno de quatro personagens principais: Tomáš, Tereza, Sabina e Franz. Tomáš, um cirurgião mulherengo que valoriza a liberdade e a leveza, encontra sua vida transformada quando conhece Tereza, uma jovem fotógrafa que busca amor genuíno e conexão.

O relacionamento entre eles simboliza a batalha entre a leveza do ser de Tomáš e o peso da existência de Tereza. Sabina, uma artista e amante de Tomáš, representa a rebeldia e a busca por uma vida sem amarras, enquanto Franz, um professor e amante de Sabina, busca significados profundos, frequentemente se encontrando entre suas aspirações filosóficas e a realidade prática.

Kundera utiliza a dicotomia entre leveza e peso para refletir sobre a condição humana, sugerindo que ambos têm suas formas de insustentabilidade: a leveza pode levar ao vazio existencial, enquanto o peso pode esmagar o espírito. A Primavera de Praga, como pano de fundo, adiciona complexidade e tensão, refletindo a luta entre liberdade e opressão.

A obra também medita sobre a natureza do amor e do desejo, explorando diferentes abordagens e mostrando como ambos podem ser satisfatórios e dolorosos. A escrita de Kundera, rica em simbolismo e metáforas, convida os leitores a refletirem sobre suas próprias vidas e escolhas, criando uma narrativa que ressoa em múltiplos níveis.

Conclusão

A leitura tem o poder de transformar e enriquecer nossas vidas, proporcionando novos conhecimentos e perspectivas. Os livros mencionados, tanto os clássicos quanto os contemporâneos, oferecem profundas reflexões sobre a condição humana e o mundo em que vivemos. Para mentes inteligentes, essas obras são não apenas uma fonte de entretenimento, mas também uma janela para a compreensão mais profunda do nosso passado, presente e futuro. Portanto, reserve um tempo para mergulhar nesses textos e permita que eles ampliem seu horizonte intelectual e emocional.

Leia mais:

Para saber mais, acesse o linlk>

Fonte: Jornal da Fronteira  / Publicação 05/08/2024

https://jornaldafronteira.com.br/livros-para-mentes-brilhantes

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quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Conheça 5 cursos gratuitos para aprender sobre inteligência artificial

Caros Leitores;

Requisito essencial para se integrar a um mundo digitalmente transformado, aprender os princípios da IA de graça é uma forma de equilibrar o jogo a seu favor

A Inteligência Artificial (IA) não está apenas mudando a maneira como vemos o mundo, mas já revolucionou o trabalho, a comunicação e a forma de interagir com a informação e a tecnologia.

Como a nova ferramenta está no centro de uma transformação digital em praticamente todos os setores da economia, aprender e entender como ela funciona se torna um elemento chave para qualquer gestão de carreira. E por se tratar de um processo em constante evolução, não se trata mais de “correr atrás”, mas sair na frente.

A boa notícia é que existem cursos gratuitos de IA que permitem acessar conteúdos de qualidade sem necessidade de investimento financeiro inicial. Ou seja, você aprende sobre os fundamentos teóricos e práticos da IA e, como a maioria desses cursos é oferecida online, é possível adaptar o aprendizado ao seu próprio ritmo, conciliando estudo, trabalho e vida pessoal. Veja abaixo uma seleção de cursos disponíveis.

1 – Inteligência artificial para simplificar o dia a dia

Disponível da plataforma Escola Virtual do Governo Federal (EV.g), esse curso é voltado para quem deseja compreender o papel da IA na transformação do dia a dia, e como aproveitar suas ferramentas para otimizar tarefas.

Elaborado pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap), o curso é disponibilizado por 10 dias, tem uma carga horária de 4 horas, divididas em quatro módulos, que vão desde uso da IA para tarefas criativas até a geração de imagem por IA.

Curso é aberto, gratuito e com certificado, qualquer pessoa pode se inscrever no site da EV.g.

2 – Inteligência artificial e o novo contexto da cultura digital

Oferecido pela Escola Virtual da Fundação Bradesco, este curso é uma imersão na nova cultura digital. A ênfase aqui é mostrar como a IA utiliza modelos estatísticos de probabilidade no funcionamento de tecnologias como aprendizado de máquina e deep learning.

Com nível iniciante, e duração de 20 horas, o conteúdo aborda ainda: “o que são direitos digitais, fala sobre a Lei de Acesso à Informação (LAI), o Marco Civil da Internet, a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) e traz materiais de referência para trabalhar o tema em sala de aula”, segundo o site.

O curso é dividido em quatro módulos, contendo vídeos, exemplos práticos e ilustrações. As matrículas podem ser feitas no site da Escola Digital.

3 – Introdução à inteligência artificial (IBM)

Disponibilizados na Eu Capacito, que visa promover o desenvolvimento de habilidades e a empregabilidade, esse pacote com seis módulos é oferecido pela plataforma IBM SkillsBuild, de uma das maiores e mais tradicionais empresas de tecnologia do mundo.

Trata-se de uma jornada de conhecimentos que apresenta de técnicas avançadas a impactos éticos e profissionais da IA. Confira os conteúdos divididos por etapas:

  1. Processamento de linguagem natural e visão por computador, com 01h35min
  2. Seu futuro na IA: panorama de trabalho, com 50min
  3. Ética da IA, com 01h45min
  4. Dominando a arte de criar prompts, com 01h
  5. Cause impacto com a IA, com 01h30min
  6. Aprendizado de máquina e Deep learning, 02h20min.

A grade dos cursos está disponibilizada no site da Eu Capacito.

4 – Inteligência artificial e computacional

Mais uma parceria da Eu Capácito, dessa vez com a Faculdade de Informática e Administração Paulista (FIAP), o curso se propõe a ensinar como desenvolver mecanismos e dispositivos tecnológicos que simulem o raciocínio humano.

Com 8 horas de duração. o curso vai do básico em IA até sistemas especialistas e machine learning com conteúdo dividido em oito capítulos:

  1. Introdução à inteligência artificial
  2. Resolução de problemas por meio de busca
  3. Representação do conhecimento e raciocínio
  4. Introdução aos sistemas especialistas
  5. Aprendizagem de máquina
  6. Representação da incerteza
  7. Agentes de sistemas
  8. Serviços cognitivos.

Você pode começar o curso diretamente do site Eu Capacito.

5 – Fundamentgos para uma carreira em IA generativa por Microsoft e LinkedIn

Elaborado pela Microsoft e disponível no LinkedIn até 2025, o pacote de cursos oferece aos profissionais brasileiros uma oportunidade para se aprofundar nas habilidades essenciais da IA generativaAo final, os participantes receberão um certificado Career Essentials, após concluírem um teste de conhecimentos.

A trilha de aprendizagem é composta por cinco módulos:

  1. Descubra a Inteligência Generativa, 42 min
  2. IA Generativa: a evolução da busca online inteligente, 26 min
  3. Otimize o seu trabalho com o Microsoft Copilot, 38 min
  4. Primeiros passos com o Microsoft 365 Copilot, 41 min
  5. Introdução à Inteligência Artificial, 1h42min.

A trilha pode ser executada diretamente no site do LinkedIn Learning.

Conheça tendências que sinalizam rumos para o futuro da IA

Jorge Marincolaboração para a CNN

Para saber mais, acesse o linlk>

Fonte:CNN Brasil  / Publicação 31/07/2024

https://www.cnnbrasil.com.br/tecnologia/conheca-5-cursos-gratuitos-para-aprender-sobre-inteligencia-artificial/

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Web Science Academy; Hélio R.M.Cabral (Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos de Economia, Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia Climatologia). Participou do curso (EAD) de Astrofísica, concluído em 2020, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

>Autor de cinco livros, que estão sendo vendidos nas livrarias Amazon, Book Mundo e outras.