Quem sou eu

Minha foto
Sou economista, escritor e divulgador de conteúdos sobre economia e pesquisas científicas em geral.

Botão Google Seguir

Botão Google Mais

Botão facebook

Botão Twitter Seguir

Botão Twitter Compartilhar

Seguidores

Translate

Total de visualizações de página

Enter your email address:

Delivered by FeedBurner

quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

As Virtudes do Intelectual

 Caros Leitores;

Em seu famoso livro A vida intelectual, A. D. Sertillanges afirma que, para bem utilizar a inteligência, outras qualidades são necessárias, além da própria inteligência. O intelecto não passa de instrumento; é sua utilização que determinará seus resultados.

Pensamos e somos criativos com todo nosso ser, não somente com o intelecto. Desde a motivação primária promovida por uma ideia nova, até o bom funcionamento do intestino, influi em nossa capacidade cognitiva. As virtudes e os vícios, mais do que a inteligência, guiarão nossa rotina de estudos e determinará os resultados alcançados.

Uma mente tomada pelos vícios e pelas paixões não é capaz de recolher-se intimamente para refletir. Por exemplo: a preguiça embota os melhores dons; a carência afetiva obscurece a imaginação, dissipa a memória e a atenção; a inveja faz recusar os conselhos das demais companhias intelectuais; a prepotência não permite aceitar os próprios limites.

A primeira qualidade do intelectual é a temperança. Ela pode ser definida como a moderação capaz de indicar que todo saber é bem-vindo, mas devemos ter comedimento nos estudos, evitando a curiosidade vã. Nisto se inclui escolher acertadamente quais assuntos estudar, pois há outros deveres humanos além do estudo, e não podemos perder tempo.

É comum ver curiosos pela ciência em uma dispersão amorosa de estudos, sem fixarem-se em um único tema. Estes deixam de ser cientistas para tornarem-se diletantes. O verdadeiro intelectual sabe que tem tempo e esforços limitados, por isso sabe se fixar em apenas alguns temas, embora se interesse por outros.

A segunda virtude é o autoconhecimento. Quem é você? Em que momento de vida se encontra? Quais alicerces intelectuais já possui? As respostas a esses questionamentos determinarão o seu empreendimento na ciência. Para isso, é necessário coragem para assumir os próprios potenciais e modéstia para aceitar as limitações.

É tolice ambicionar por láureas acima das próprias qualidades; igualmente estulto é negligenciar seus potenciais. O verdadeiro estudioso é coerente em suas contribuições, pois sabe posicionar sua rotina naquilo que lhe é cabível, sem ilusões de grandiosidade ou complexos de inferioridade.

O terceiro predicado é a autorreflexão. Diferentemente da resolução de problemas quando se está sobre pressão, do pensamento ágil em um debate ou do entendimento de conceitos no momento da leitura, a autorreflexão envolve a capacidade de recolher-se intimamente, por horas, somente para pensar.

Quando perguntaram a Isaac Newton como ele chegou à lei da gravitação universal, ele respondeu: “pensando, apenas pensando”. A capacidade criativa do homem depende de seu esforço em pensar e não apenas absorver conhecimentos de outras pessoas. O estudo excessivo, embora amplie a inteligência, pode inibir a criatividade autêntica.

O quarto atributo do intelectual é a disciplina do corpo. Isto significa saber cuidar do bom funcionamento do corpo, mantendo a saúde, a disposição, a administração do estresse, com foco na produção intelectual.

Além de objetivar o emagrecimento, o ganho de massa muscular, a evitação de doenças – objetivos muito nobres – o intelectual busca compreender o bom funcionamento do corpo tendo como objetivo a otimização máxima dos trabalhos da inteligência. Para isso, leia nosso texto sobre relógio biológico: Compreenda seu relógio biológico para viver melhor.

Outras duas qualidades são a perseverança e a vontade inquebrantável. Como já dissemos em muitos artigos, a inteligência só cresce pela lei do maior esforço. Não existem atalhos, truques, queimas de etapas ou artimanhas. Para compreender um tema complexo ou dominar uma área do conhecimento, é necessário anos de leituras e experiências. Além do mais, é necessário paciência (outra qualidade) para revistar conceitos, pois raramente somos capazes de compreender um tema complexo no primeiro contato.

Por fim, uma das qualidades que melhor qualificam a inteligência é a assistencialidade. A genialidade também cria a bomba atômica. Ter objetivos assistenciais, abnegados, isentos, podem dar uma finalidade mais útil para o conhecimento produzido. A utilização da inteligência determina seus efeitos e seu melhor emprego é no auxílio mútuo aos demais. A intelectualidade cria a vacina, a tecnologia inovadora, a filosofia libertadora; também faz a guerra e a tirania. Tenhamos inteligência inteligente.

ssista a palestra "Autoconhecimento, Por Onde Começar?" e emita o seu certificado.

Neste artigo falamos sobre as virtudes de um intelectual, pois além da inteligência e da estudiosidade, a conduta moral da pessoa determina os resultados de seus estudos e pesquisas. Falamos da temperança nos estudos, do autoconhecimento, da disciplina corporal e da perseverança. Por fim, conclui ser a assistencialidade a principal qualidade de um bom intelectual. Bons estudos!

Autor: Luiz Paulo Ramos Cardoso Filho

As ideias contidas neste texto são de responsabilidade do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento do Instituto Agenda Positiva.

Fonte:  Agenda Positiva / 26-01-2022

https://agendapositiva.org.br/artigo/as-virtudes-do-intelectual

Boa Leitura!

Obrigado pela sua visita e volte sempre!

Page:http://livroseducacionais.blogspot.com.br

Page:http://pesqciencias.blogspot.com.br

e-mail:heliocabral@coseno.com.br

Page: http://pagseguro.info/bgQk8bm

sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

Ainda conseguimos ler livros longos em meio à correria da rotina? Neurociência explica

 Caros Leitores;







Legenda: Para pesquisador, hoje é difícil lermos calhamaços, como "Guerra e Paz", de Liev Tolstói, ao mesmo tempo que dezenas notificações aparecem nas telas do celular
Foto: Divulgação


Multitarefas do cotidiano e excesso de estímulos roubam do cérebro a energia necessária para acompanhar obras mais extensas

Atire a primeira pedra quem nunca trocou um livro bastante volumoso por aquele fininho, de poucas páginas, perfeito para ler em um dia ou durante o fim de semana. Basta uma conversa entre amigos para saber que a prática tem sido cada vez mais frequente. Enquanto os calhamaços ocupam as estantes, as breves narrativas estão transitando pelas mãos, olhares e discussões de pessoas mundo afora.

Faz oito anos que Gabrielle Miranda, 23, percebeu a rotina de leitura mudar ao aderir a esse movimento. O início da preparação para o vestibular fez com que a estudante preferisse esse tipo de obra devido à agitação do cotidiano. “Tenho pouco tempo para ler livros mais volumosos. Em média, leio obras de até 200 páginas”, calcula.

O hábito fez, inclusive, com que ela passasse a encarar com mais dificuldade a dedicação a exemplares longos. Ao acompanhar histórias mais curtas, Gabrielle consegue chegar à conclusão da trama de modo mais rápido. “Isso otimizou meu tempo e me deu oportunidade de continuar lendo obras interessantes, mesmo na correria”.

No ano passado, por exemplo,  ela leu os sete volumes da série “As Crônicas de Nárnia”, do britânico C. S. Lewis (1898-1963). Todos eram curtos e Gabrielle vibrava por finalizá-los rapidamente. Ao mesmo tempo, a estudante deseja retomar a prática de ler obras mais extensas – principalmente porque já deixou de acompanhar boas tramas devido à quantidade de páginas delas, ainda que estivesse interessada pela história. 

Muito dessa indisposição vem na esteira dos vários estímulos da dinâmica contemporânea.  “Muitas vezes eu quero ler uma obra mas não consigo devido ao pouco tempo. Então, sempre deixo para depois e, nisso, acabo lendo quase nada do que desejo. E é bem difícil eu me concentrar. Sempre tem o celular vibrando e me alertando de algo que preciso fazer”.

Gabrielle Miranda não está sozinha. Com ela, pessoas de todo o mundo passam pela mesma situação, priorizando atividades mais breves em detrimento das grandes narrativas e projetos. A neurociência explica a questão. Tomando como base o sistema nervoso, observamos uma evolução dele, desde as formas mais primitivas, como um elemento que capta estímulos do meio e executa respostas – sejam motoras, viscerais, emocionais ou, no caso do ser humano, na elaboração de pensamentos e raciocínios complexos. 

A vida moderna, mediante o avanço da tecnologia e dos meios de comunicação, oferece uma intensidade de estímulos difícil de ser absorvida e organizada pelo cérebro. Ao mesmo tempo, a necessidade de apreender constantes informações a fim de obter atualização impõe uma cultura de rapidez e agilidade na obtenção de conteúdos. Esta acaba sendo feita por meio de textos mais concisos ou mesmo por meios não textuais, como o audiovisual.

“As constantes interrupções e desviadores de foco digitais também entram nesse contexto multifatorial. É difícil ler obras como ‘Guerra e Paz’ ou ‘A Montanha Mágica’, com suas centenas de páginas, ao mesmo tempo em que dezenas de alarmes e notificações aparecem nas telas do celular ou do computador”, situa Eduardo Jucá, neurocirurgião pediátrico, neurocientista, pesquisador e professor da Universidade de Fortaleza.

Para ele, esses disparadores de atenção afastam as pessoas de obras que exigem maior aprofundamento – fato bastante indesejável, conforme sublinha. “Isso porque os clássicos da literatura têm um papel valioso na formação e no desenvolvimento cerebral por meio da construção de referenciais e da ampliação de horizontes”. Nesse sentido, a multiplicidade de estímulos ocupa uma generosa fatia no que diz respeito ao desvio da atenção e do foco.

Para melhor ilustrar o contexto, Eduardo Jucá cita o neurocientista e psicólogo vencedor do Prêmio Nobel de Economia, Daniel Kahneman. De acordo com o pesquisador israelense, temos dois sistemas de pensamento: um rápido e pouco reflexivo e outro lento e reflexivo. O sistema que atua mais devagar consome também mais esforço e mais energia – inclusive no sentido biológico, de gasto energético. 

As multitarefas do cotidiano, a vida agitada, a sobrecarga e o excesso de estímulos roubam do cérebro a energia necessária para acompanhar obras mais longas, sejam literárias ou cinematográficas. Conhecer esse mecanismo prejudicial é muito importante para que possamos reverter a tendência e não deixar de aproveitar grandes livros ou filmes, como ‘Os Maias’, de Eça de Queiroz, ou ‘A Lista de Schindler’, de Steven Spielberg”, enumera Jucá.

“Na obra ‘Rápido e devagar: duas formas de pensar’, Daniel Kahneman explica que o sistema de pensamento mais rápido é também mais superficial, menos reflexivo e mais sujeito a erros de interpretação. Evolutivamente, esse sistema se desenvolveu para que pudéssemos dar resposta rápida a elementos perigosos do meio. Por outro lado, quando aplicado em situações que exigem análise, ele tem desempenho insatisfatório”.

EDUARDO JUCÁ, Neurocientista, pesquisador e professor da Universidade de Fortaleza.

CONTEÚDOS CADA VEZ MAIS CURTOS

Cientificamente falando, outro aspecto importante é o sistema endógeno de gratificação. Ele age como intermediário da sensação de prazer. No cérebro, um dos principais componentes desse circuito é a liberação de dopamina na região basal do lobo frontal. Cada vez que somos submetidos a estímulos visuais curtos com novidades e apelo visual, essa rede é ativada e nos leva a querer mais – como quando rolamos o feed das redes sociais.

O mecanismo é potencialmente gerador de hábito, uma vez que a repetição é agradável – embora leve ao prejuízo de atenção e ao esgotamento mental. Não por acaso, esse circuito neural também está envolvido no abuso de drogas. “Assim, o cérebro dos leitores vai se acostumando com conteúdos cada vez mais curtos. A tendência dos escritores em se adaptar a essa tendência vai ao encontro da mudança de gosto que é tendência da época atual”, observa Eduardo, refletindo sobre o outro lado da moeda: a de quem desenvolve literatura.

“É preciso contextualizar que a literatura não é um fenômeno tão antigo se enxergarmos todo o período humano na Terra. A escrita data de cerca de quatro mil anos atrás. Essa arte se desenvolveu a partir dos textos religiosos da Antiguidade e dos romances da cavalaria e, durante muitos séculos, foi capaz de produzir romances volumosos como ‘Dom Quixote’, de Cervantes. Narrativas complexas ajudaram, então, a compor o arcabouço intelectual da civilização e grandes obras seguiram sendo escritas e legadas para a eternidade”.

EDUARDO JUCÁ, Neurocientista, pesquisador e professor da Universidade de Fortaleza.

Hoje, por motivos já explicados, a tendência é de que os textos sejam cada vez mais breves. A boa notícia é que é possível produzir literatura de alta qualidade e profundidade em linhas curtas – a exemplo de “O Alienista”, de Machado de Assis, ou “A Metamorfose”, de Kafka, além dos contos de Clarice Lispector e de tantos outros escritores contemporâneos. “Mas é verdade que narrativas longas têm cada vez menos adesão nos dias de hoje”, pontua Jucá.

Sendo assim, acompanhar textos curtos pode ser uma forma de voltarmos a ter um bom hábito de leitura? Para Eduardo, essa é uma possibilidade real e que deve ser aproveitada. “Muitos leitores da minha geração desenvolveram o gosto pela leitura com os livros da coleção Vaga-lume, por exemplo. Histórias curtas, mas bem elaboradas, que acabavam despertando o interesse por obras mais profundas”.

O problema, segundo ele, acontece quando não há a transição para conteúdos mais aprofundados. Assim, os jovens leitores correm o risco de não passarem das obras introdutórias e ficarem aprisionados em textos rasos, que não estimulam o cérebro. “É missão das escolas e das famílias guiarem as crianças e os adolescentes no sentido de desafiarem suas redes neurais com literatura cada vez mais sofisticada para que desenvolvam todas as suas potencialidades”, defende o pesquisador.

ACOMPANHAR MAIS HISTÓRIAS

Quando se fala em ler livros extensos e com maior complexidade, Amanda Belchior, 24, diz que esses títulos ficam reservados somente para as férias. No momento, a estudante está satisfeita com o prazer proporcionado pelas leituras mais breves. “Devido ao pouco tempo livre disponível para essa atividade, obras curtas me motivam mais a conseguir concluir a leitura mais rápido. Em média, acompanho histórias com até 150 páginas”, detalha.

Na visão dela, essa prática faz com que tenhamos acesso a diferentes perspectivas e assuntos. Ao mesmo tempo, também tem proporcionado que ela seja mais eclética e se beneficie do conhecimento de mais tramas. “Os quatro compromissos”, de Don Miguel Ruiz; “O Pequeno Príncipe”, de Antoine de Saint-Exupéry; e “Deus frustrou meu sonho”, de Ronaldo Fonseca, foram alguns dos títulos conferidos por Amanda no ano passado.

"Mas com certeza a dinamicidade do tempo influencia em outras escolhas na rotina, como na hora de escolher séries para assistir – escolho as que não têm tantas temporadas – ou no fato de só me sentir produtiva quando faço diversas coisas durante o dia”, observa a estudante.

Encarando e compreendendo esses tantos dilemas da contemporaneidade – ainda que atenta à necessidade de não deixar de lado aspectos importantes da vivência cultural – a Amazon lançou no ano passado a coleção Leituras Rápidas. Uma vez por mês, os autores participantes do projeto, todos da nova safra da literatura brasileira, lançam contos ou crônicas, abordando temas como Negócios, Viagens e Esportes, além de Romance e Poesia. 

Todas as obras estarão disponíveis para assinantes do Kindle Unlimited. Parte do conteúdo também estará disponível para assinantes Prime. Além disso, uma seleção dos autores terá os textos mais recentes no Prime Reading, que dá acesso a centenas de revistas e eBooks para membros Amazon Prime sem custo adicional. Para os demais consumidores, os eBooks da coleção podem ser adquiridos individualmente por R$5,99. Os títulos podem ser conferidos aqui.

LEITURAS MAIS ÁGEIS

De acordo com o porta-voz da Amazon, a coleção Leituras Rápidas nasceu da ideia de oferecer um conteúdo de qualidade para quem busca uma leitura mais ágil. “O formato de textos curtos atende tanto um público que já lê e quer descobrir novos autores e gêneros quanto outro que ainda não têm o hábito de ler e deseja começar a desenvolvê-lo”, explica.

Ele destaca que a empresa à frente da iniciativa acredita no incentivo à leitura como ponto central. Logo, qualquer ação que a faça optar pelo livro influencia todo o mercado literário. “O Brasil tem uma longa tradição de contistas, cronistas e poetas, que mostram que esse formato é de uma qualidade excepcional no país, e os autores que participam da coleção reforçam esse ponto”. Entre eles, estão Gabriel O Pensador, Mel Duarte e Henry Bugalho. 

Quando questionado sobre o perfil do leitor brasileiro – baseado nas métricas oferecidas pelo Kindle – o porta-voz da Amazon diz que somos uma nação que adora ler, independentemente do gênero, tamanho ou formato. Entre os livros mais vendidos de 2021, por exemplo, as obras chegam a centenas de páginas, incluindo títulos como o já citado “Rápido e devagar: duas formas de pensar”, de Daniel Kahneman; “1984”, de George Orwell; e “Torto Arado”, de Itamar Vieira Junior. 

“De acordo com a nossa experiência, observamos que os brasileiros amam ler e queremos continuar oferecendo mais variedade, conectando leitores a autores e com a melhor experiência de leitura. O público de eBooks no Brasil é excelente e crescente. Além dos e-readers Kindle, os brasileiros usam muito o aplicativo gratuito de Kindle para smartphones, tablets e computadores. Leituras curtas atendem uma demanda do público, enquanto livros maiores continuam tendo grande sucesso”.

Por sua vez, o neurocientista, professor e pesquisador Eduardo Jucá sublinha que a leitura é um hábito a ser desenvolvido de maneira contínua, cuja influência é decisiva no desenvolvimento das capacidades cognitivas do cérebro. Entretanto, diferentes indivíduos podem desenvolver distintas características de leitura, como velocidade, ambiente preferido ou opção por fazer anotações. 

“O que é comum a todas as pessoas é que a forma ideal de adquirir e aprimorar o hábito da leitura é atingida com o exercício contínuo e intenso, com o acúmulo de experiências literárias e com a associação da leitura com o prazer de aprender e de explorar novos mundos, cenários, personagens e situações”, contextualiza. Trocando em miúdos: independentemente do conteúdo e do formato, continuemos a ler.


Escrito por ,

Fonte:  Diário do Nordeste / 05-01-2022

https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/verso/ainda-conseguimos-ler-livros-longos-em-meio-a-correria-da-rotina-neurociencia-explica-1.3177221

Boa Leitura!

Obrigado pela sua visita e volte sempre!

Page:http://livroseducacionais.blogspot.com.br

Page:http://pesqciencias.blogspot.com.br

e-mail:heliocabral@coseno.com.br

Page: http://pagseguro.info/bgQk8bm

segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

Conheça os Tipos de Inteligência e Como elas se Formam

Caros Leitores;

A inteligência consiste na soma de experiências aprendidas por uma pessoa e sua capacidade de compreender bem, julgar bem e raciocinar bem. Essa habilidade de raciocinar pode ser mensurada pelo teste de Quociente de Inteligência (QI), mas não pode ser considerada a única forma de inteligência possível em um ser humano. Muitos autores defendem a existência de múltiplas formas de inteligência, além das medidas pelo teste de QI.

Em 1983, o psicólogo Howard Gardner publicou o livro Frames of Mind (Estruturas da Mente, em português) para contestar a teoria do QI e afirmou que não há somente um tipo específico de inteligência capaz de garantir o sucesso de uma pessoa, mas sim um amplo espectro de inteligências, tais como: fluência verbal, raciocínio lógico-matemático, aptidão espacial, inteligência corporal-cinestésica, inteligência musical e as inteligências interpessoal e intrapessoal.

A inteligência interpessoal corresponde à capacidade de compreender outras pessoas e descobrir o que as motiva, como trabalham e como trabalhar cooperativamente com elas. Pessoas que trabalham com vendas, com administração de pessoas, políticos, professores, provavelmente são indivíduos com alto grau de inteligência interpessoal. Já a inteligência intrapessoal reflete uma aptidão correlata, voltada para dentro: é a capacidade de formar um modelo preciso ou correto de si mesmo e de poder usá-lo para agir eficazmente na vida.

Além destes, existem outros tipos de inteligência, que estão relacionadas na sequência e exemplificadas por personalidades que as possuem ou possuíram:

  • Inteligência linguística: pessoas com excelente habilidade de expressão verbal, como advogados, poetas, escritores. Exemplos: Carlos Drummond de Andrade, Machado de Assis e Rui Barbosa.
  • Inteligência lógico-matemática: pessoas com habilidade de desenvolver ou acompanhar cadeias de raciocínios, resolver problemas lógicos e lidar bem com cálculos e números. Pode ser observada em matemáticos, economistas ou cientistas, por exemplo, Isaac Newton ou Albert Einstein.
  • Inteligência espacial: abrange as capacidades de organização viso-espacial e manipulação de configurações espaciais, atributo evidente em engenheiros, pintores ou escultores. Exemplos: Leonardo da Vinci, Aleijadinho e Oscar Niemeyer.
  • Inteligência musical: habilidade fundamental para músicas, tais como Mozart, Chico Buarque ou Tom Jobim.
  • Inteligência corporal-cinestésica: necessária para atletas, bailarinos, cirurgiões. Algumas pessoas que a possuem são Pelé, Ana Botafogo ou o médico Ivo Pitangui.
  • Inteligência interpessoal: pessoas com alta capacidade de empatia, tais como terapeutas, psicólogos e líderes. Exemplos: Martin Luther King, Carl Rogers ou Tiradentes.
  • Inteligência intrapessoal: pessoas com alta capacidade de autopercepção, como escritores, estudiosos, como Sigmund Freud ou Jorge Amado.

Todos esses tipos de inteligência são formados a partir das funções cognitivas. Elas são estruturas básicas que interagem entre si e dão suporte a todas as operações mentais. As principais funções cognitivas são: percepção, atenção, memória, linguagem e funções executivas. É a partir da relação entre todas estas funções que surgem a grande maioria dos comportamentos, desde o mais simples até as situações de maior complexidade, e que exigem atividades cerebrais mais elaboradas.

Para resolver determinado problema, uma pessoa precisa utilizar suas funções cognitivas, e a melhor maneira de fazer isso é descobrindo e utilizando as mais desenvolvidas. É por essa razão que é importante identificar quais os seus módulos de inteligência mais desenvolvidos, explorá-los no cotidiano e buscar desenvolvê-los cada vez mais.

Autor: Luis Augusto Zillmer Cardoso

As ideias contidas neste texto são de responsabilidade do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento do Instituto Agenda Positiva.

Fonte:  Agenda Positiva / 03-01-2022

https://agendapositiva.org.br/artigo/conheca-os-tipos-de-inteligencia-e-como-elas-se-formam

Boa Leitura!

Obrigado pela sua visita e volte sempre!

Page:http://livroseducacionais.blogspot.com.br

Page:http://pesqciencias.blogspot.com.br

e-mail:heliocabral@coseno.com.br

Page: http://pagseguro.info/bgQk8bm