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terça-feira, 31 de maio de 2022

COMO A ECONOMIA AFETA A EDUCAÇÃO?

 Caros Leitores;







O Brasil é um país de contrastes, desigualdades socioeconômicas grandiosas e racismo estrutural que afetam diretamente o desenvolvimento. À medida que são levantadas reflexões e possibilidades para combater tais problemas que impedem o país de avançar rumo ao progresso, a educação sempre surge como uma das soluções apontadas.

Isso porque a educação permite que novas realidades sejam construídas – econômica, política e socialmente. A relação entre educação e economia merece destaque especial, principalmente por ser uma via de mão dupla, uma vez que elas se afetam mutuamente.

Ao considerarmos que a educação é que permite preparar melhor as pessoas para o mercado de trabalho e as relações sociais, também precisamos ter em vista que os investimentos econômicos destinados a ela devem ser expressivos e prioritários. Os reflexos desse investimento não se limitam ao mercado de trabalho. 

Afinal, uma sociedade mais instruída tende a ser mais politizada, ter melhores índices de segurança pública, maior empregabilidade e renda, além de melhores estruturas familiares (diminuindo, por exemplo, a gravidez precoce não planejada). Esses dados podem ser vistos em estudos de James Heckman, Nobel de Economia em 2000, e outras pesquisas que mostram a importância de programas bem estruturados e aplicados para o acesso à educação e a permanência escolar na primeira infância.

INVESTIMENTO EM EDUCAÇÃO NO BRASIL

financiamento da educação no país ainda é  baseado na vinculação e subvinculação de recursos, dependendo essencialmente da arrecadação de impostos. Com isso, temos um investimento vulnerável, que está sempre condicionado ao momento econômico do Brasil.

A priorização do investimento na educação e a criação de políticas para assegurar isso são fundamentais. Afinal, a partir da educação de qualidade ofertada para todos é que poderemos alcançar avanços em larga escala.

Outra mostra da desigualdade econômica que afeta as escolas públicas, e em especial as comunidades mais vulneráveis, é a perda de aprendizagem acentuada pela pandemia da covid-19.  Os jovens brasileiros no Ensino Médio podem deixar de ganhar R$ 21 mil ao longo da vida profissional. Essa perda é causada pela queda nos índices de proficiência em matemática e em língua portuguesa.

A necessidade da implantação de uma educação tecnológica, moderna, de qualidade e atual ainda esbarra em questões estruturais mais básicas, como o acesso à escola e a garantia de um espaço adequado para que as crianças e os jovens estudem. A mudança real e efetiva dessa realidade desfavorável para a educação e também para a economia do Brasil só vai acontecer a partir de um engajamento com essa causa. Será necessário empenho, dedicação e esforço coletivo para uma transformação.

Fonte: Instituto Unibanco / Publicação 23-03-2022

https://www.institutounibanco.org.br/conteudo/como-a-economia-afeta-a-educacao/?gclid=Cj0KCQjw-daUBhCIARIsALbkjSbW3tpMnbi-bMtLoaao3lTpfDvVai1U6tWjhrbQIlYPPx67oIvGSHIaAnWbEALw_wcB

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segunda-feira, 30 de maio de 2022

Civilização Árabe

 Caros Leitores;

Os árabes têm a sua história vinculada ao espaço da Península Arábica, onde primordialmente se fixaram em uma região tomada por vários desertos que dificultavam a criação de povos sedentarizados. Por isso, percebemos que no início de sua trajetória, os árabes eram povos de feição nômade que se intercalavam entre as regiões desérticas e os valiosos oásis presentes ao longo deste território.

Conhecidos como beduínos, essa parcela do povo árabe era conhecida pela sua religião politeísta e a criação de animais. A realidade dos beduínos era bem diferente da que poderíamos ver nas porções litorâneas da Península Arábica. Neste outro lado da Arábia, temos a existência de centros urbanos e a consolidação de uma economia agrícola mais complexa. Entre as cidades da região se destacava Meca, grande centro comercial e religioso dos árabes.

Regularmente, os árabes se deslocavam para cidade de Meca a fim de prestar homenagens e sacrifícios às várias divindades presentes naquele local. Entre outros signos sagrados, destacamos o vale da Mina, o monte Arafat, o poço sagrado de Zen-Zen e a Caaba, principal templo sagrado onde era abrigada a Pedra Negra, um fragmento de meteorito de forma cúbica protegido por uma enorme tenda de seda preta.

A atração de motivo religioso também possibilitava a realização de grandes negócios, que acabaram formando uma rica classe de comerciantes em Meca. Nos fins do século VI, essa configuração do mundo árabe sofreu importantes transformações com o aparecimento de Maomé, um jovem e habilidoso caravaneiro que circulou várias regiões do Oriente durante suas atividades comerciais.

Nesse tempo, entrou em contato com diferentes povos e, supostamente, teria percebido as várias singularidades que marcam a crença monoteísta dos cristãos e judeus. Em 610, ele provocou uma grande reviravolta em sua vida ao acreditar que teria de cumprir uma missão espiritual revelada pelo anjo Gabriel, durante um sonho. A partir de então, se tornou o profeta de Alá, o único deus verdadeiro.

O sucesso de sua atividade de pregação acabou estabelecendo a conquista de novos adeptos ao islamismo. A experiência religiosa inédita soou como uma enorme ameaça aos comerciantes de Meca, que acreditavam que o comércio gerado pelas peregrinações politeístas seria aniquilado por essa nova confissão. Com isso, Maomé e seu crescente número de seguidores foram perseguidos nas proximidades de Meca.

Acuado, o profeta Maomé resolveu se refugiar na cidade de Yatreb, onde conquistou uma significativa leva de convertidos que pressionaram militarmente os comerciantes de Meca. Percebendo que não possuíam alternativas, os comerciantes decidiram reconhecer a autoridade religiosa de Maomé, que se comprometera a preservar as divindades milenares da cidade de Meca.

A partir desse momento, os árabes foram maciçamente convertidos ao ideário do islamismo e vivenciaram uma nova fase em sua trajetória. Entre os séculos VII e VIII, os islâmicos estabeleceram um processo de expansão que difundiu sua crença em várias regiões do norte da África, da Península Ibérica e em algumas parcelas do mundo oriental.

Fonte: História do Mundo / por Por Rainer Gonçalves Sousa

https://www.historiadomundo.com.br/arabe

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domingo, 29 de maio de 2022

O que é mediação de leitura?

 Caros Leitores;







Quais memórias você tem das histórias que ouvia na infância? Com certeza, havia ali uma outra pessoa te apresentando essa história, não é mesmo? Um pai, uma mãe, um avô ou uma avó, nossos irmãos ou até uma professora. Mesmo para crianças que já sabem ler sozinhas, mediar um livro é sempre um grande incentivo aos hábitos de leitura. Mas, afinal, você sabe o que é mediação de leitura? Ou, então, como mediar um livro para uma criança? Leia o texto abaixo e descubra como a mediação de leitura é fundamental para os pequenos e pequenas! 📚✨

O que é mediação de leitura?

A mediação de leitura é bastante importante para a formação literária de nossas crianças. Quando lemos para alguém, criamos uma ponte entre o livro e o seu imaginário. E podemos percorrer juntos este caminho! Assim, o resultado da experiência de leitura costuma ser único e transformador. ❤️

Ao ler em voz alta ou contar uma história, o mediador dá vida aos personagens, imprime emoções aos acontecimentos e desperta o interesse e o olhar da criança. Além disso, ele tem a oportunidade de conversar com os pequenos e pequenas sobre cada história. Basta compartilhar os sentimentos e emoções, dúvidas, anseios e memórias que a história desperta para vocês se conhecerem melhor a cada nova aventura!

Com a presença afetiva do mediador de leitura, as histórias são contadas e o livro vai ampliando seus significados, ganhando vida através da voz do adulto. Por isso, livros nunca são demais: eles despertam sentimentos de afeto e de nostalgia na criança, mesmo depois de crescida. Já quando relidos, os livros podem ganhar novas interpretações e serem desvendados em suas camadas menos óbvias.

Por isso, o adulto deve incentivar que a criança desenvolva suas próprias percepções a partir dos textos, expresse seu entendimento de diferentes maneiras e, acima de tudo, vá além da história pensada pelo autor. 💭 Dessa maneira, os pequenos e pequenas trabalham a imaginação, a criatividade, o raciocínio lógico e a socialização, por exemplo.

Como conduzir a mediação de leitura?

Um livro pode ser trabalhado de diversas maneiras em todos os lugares que se insere! O livro, enquanto objeto, pode ser brinquedo e parte das brincadeiras. Uma história, depois de lida e internalizada pela criança, pode se tornar o cenário para suas brincadeiras de faz de conta. Já os personagens podem ser utilizados pelos pais, mães e pessoas responsáveis para serem porta-voz de questões importantes, por exemplo.

Nesse sentido, a leitura compartilhada deve ser uma experiência de encantamento, tanto para o adulto quanto para a criança. Para isso, a pessoa que lê a história deverá ser capaz de promover encontros afetivos em torno da atividade. Afinal, a leitura também é uma ferramenta para estreitar os laços de amor e afeto entre os membros da família.

Assim, durante a mediação de leitura, o adulto pode (e deve) dialogar com a obra literária e também com o pequeno ou pequena. Isto é, existe espaço para interrupções, interferências e reavaliações. 💬 Sempre respeitando a proposta do texto e a lógica das palavras.

Também é importante lembrar que, embora o adulto seja responsável pela mediação de leitura, a criança é a protagonista da atividade. Por isso, desde que ela já tenha sido apresentada a esse objeto antes, dê espaço para que a criança pegue o livro e o folheie, observando seu conteúdo e as ilustrações. Afinal, após a mediação de leitura, a criança internaliza a história e também pode ler sozinha, à sua maneira.

Há diferença entre mediação de leitura e contação de história?

Quando o mediador é fiel às palavras do livro, ele lê e faz a mediação do conteúdo de acordo com o que está escrito e foi ilustrado pelo autor. Portanto, na mediação de leitura, a condução da história segue a proposta do livro infantil.

Porém, quando o mediador internaliza a história de antemão e escolhe uma determinada maneira para reproduzir esse conteúdo, ele está realizando uma contação de história. Ou seja, a história não irá se alterar, apenas a maneira como é conduzida. Por isso, é possível utilizar recursos teatrais para dar vida às histórias ou elementos, como bonecos e instrumentos musicais, por exemplo.

Logo, na mediação de leitura, o livro infantil é o principal objeto da experiência com as crianças. Já na contação de histórias, o livro fica em segundo plano e o processo poderá ser mais livre e lúdico. E agora, ficou mais fácil entender a diferença? 😉

Dicas de mediação de leitura para crianças

Se você quer saber um pouco mais sobre contação de histórias para os pequenos e pequenas, é só conferir nossos vídeos no canal da Leiturinha no YouTube. Lá, você também encontra dicas de mediação de leitura para as crianças. Acompanhe:

Saiba mais, acessando o link abaixo>

Fonte: Leiturinha / Publicação 26-05-2022

https://leiturinha.com.br/blog/o-que-e-mediacao-de-leitura/

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sexta-feira, 27 de maio de 2022

Civilização Fenícia

 Caros Leitores;






A Civilização Fenícia desenvolveu-se majoritariamente na região do atual Líbano e tornou-se conhecida por dominar técnicas de navegação e possuir um influente comércio.

Os fenícios foram um povo que formou uma civilização na região da Palestina, precisamente nas regiões onde hoje ficam o Líbano e parte da Síria e de Israel. O termo “fenício” tem origem no termo “phoinikes”, que era utilizado pelos gregos para referir-se a esse povo em razão do corante de cor púrpura produzido pelos fenícios. Os fenícios também são conhecidos como “sidônios”, termo que tem como base a cidade de Sidon.

Esse povo ficou extremamente conhecido na Antiguidade por ter exímios comerciantes e navegadores, produzindo as melhores embarcações de sua época e por ter mercadorias apreciadas por diversos povos. Essa característica dos fenícios é atribuída à condição geográfica da região que, por ser montanhosa, não possuía um solo propício para o desenvolvimento da agricultura em larga escala.

Características dos fenícios

Os fenícios não desenvolveram uma civilização centralizada por causa de sua organização em cidades-estado. Isso significa que cada cidade fenícia possuía uma estrutura de poder e uma política econômica diferente das outras. As principais cidades fenícias foram Sidon e Tiro, que possuíam um desenvolvimento econômico muito grande, e Biblos, também conhecida como Gebal e principal centro religioso desse povo.

Em razão dessa independência entre as cidades fenícias, os historiadores não sabem afirmar se essas cidades-estado consideravam a si mesmas como pertencentes a um mesmo povo. Apesar disso, os historiadores sabem que elas tinham muito em comum, como a crença religiosa, o mesmo idioma, uso da mesma forma de escrita etc.

A cidade de Tiro surgiu por volta de 2750 a.C. sob o nome de Ushu e prosperou a partir de uma aliança com o Reino de Israel, localizado ao sul. O auge dessa cidade aconteceu por volta de século X a.C., quando teve grande influência para o desenvolvimento de colônias fenícias em diferentes partes das margens do Mar Mediterrâneo.

A região onde se desenvolveu a cidade de Sidon começou a ser habitada por volta de 4000 a.C. Essa cidade foi um centro comercial importante dos fenícios e, por volta do século X a.C., disputava a hegemonia da região com outra cidade-estado fenícia: Tiro. A decadência de Sidon aconteceu exatamente na época da aliança de Tiro com o Reino de Israel.

Comércio fenício








Letras do alfabeto criado pelos fenícios por volta de 1100 a.C

Os fenícios eram extremamente conhecidos pela habilidade na navegação e possuíam um comércio extremamente desenvolvido. Eles desenvolveram navios avançados que lhes davam condição de navegar por todo o Mar Mediterâneo. Os navios fenícios eram adornados com uma cabeça de cavalo em referência a um deus chamado Yam, considerado o deus portador do caos e aquele que era responsável por manter o mar calmo.

Com o crescimento das cidades-estado fenícias, um poderoso comércio desenvolveu-se naquela região. Os fenícios comercializavam mercadorias apreciadas por diferentes povos da Antiguidade, tais como objetos de vidros, joias, cerâmica, etc. No entanto, o produto mais apreciado dos fenícios era a tinta púrpura, que era extraída de um molusco existente no litoral fenício.

As embarcações fenícias utilizavam velas e remos para alcançar regiões muito distantes da Fenícia, como a Britânia (atual Inglaterra). Os historiadores chegaram a essa conclusão por causa da existência de muitos objetos produzidos pelos fenícios encontrados nesses territórios. Outros locais que mantiveram contato comercial com os fenícios foram habitantes do Chipre, Creta, Grécia Continental, Egito etc.

Por causa do largo alcance de seu comércio, os fenícios desenvolveram diversas colônias em diferentes partes do Mar Mediterrâneo. Essas colônias foram criadas com o objetivo de ter acesso permanente a novas mercadorias e a novos mercados consumidores dos produtos produzidos pelos fenícios. A colônia de maior sucesso dos fenícios foi a cidade de Cartago, que chegou a rivalizar com o poder do Império Romano alguns séculos depois.

O grande volume e o sucesso do comércio fenício levaram esse povo a formular a primeira forma escrita alfabética da história da humanidade. Esse alfabeto, usado para manter os registros da comercialização das mercadorias, surgiu por volta de 1100 a.C. e foi legado aos gregos, que lhe acrescentaram as vogais.

Religião dos fenícios

O conhecimento dos historiadores sobre a religião dos fenícios é extremamente limitado. Uma das principais fontes é a Bíblia, que traz uma visão extremamente negativa da religião praticada pelos fenícios. Os fenícios eram politeístas, e alguns de seus deuses eram Astarte, Baal, Yam, Melcarte etc. Cada cidade-estado da Fenícia possuía um deus-patrono diferente, com um templo dedicado a ele.

Os templos eram administrados por sacerdotes que possuíam também uma importância grande em suas sociedades. Os fenícios também veneravam seus deuses em locais como florestas e montanhas. A adoração dos deuses fenícios tinha como prática o sacrifício humano, realizado em altares sacrificiais de pedra. Em adoração à deusa Astarte, sacerdotisas praticavam a prostituição sagrada.

Decadência dos fenícios

Essa fase caracterizada pelo sucesso do comércio marítimo dos fenícios iniciou-se a partir de 1500 a.C. e teve como auge o período 1200 a.C. e 800 a.C. Entretanto, a prosperidade dos fenícios atraiu a cobiça de diversos povos estrangeiros. Primeiramente, a região foi conquistada pelos caldeus de Nabucodonosor e, depois, vieram os persas de Dario I. Por fim, no século IV a.C., a região foi conquistada pelos macedônios de Alexandre, o Grande.

Desse episódio, o destaque vai para o ataque à cidade de Tiro, invadida e saqueada pelos macedônios. A região foi conquistada por Alexandre após a vitória na Batalha de Isso, em 333 a.C. Apesar de a cidade de Tiro oferecer resistência, ela sofreu um cerco de oito meses e foi saqueada por esse rei macedônio e seus cidadãos escravizados.

Fonte: História do Mundo / Por Rainer Gonçalves Sousa

https://www.historiadomundo.com.br/fenicia/civilizacao-fenicia.htm

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quinta-feira, 26 de maio de 2022

História da Leitura

 Caros Leitores;







A história da leitura está entre as mais importantes vertentes dos estudos históricos da segunda metade do século XX e representa um fértil campo de compreensão da História.

história da leitura tornou-se um campo de estudos muito profícuo a partir dos anos 1970, sobretudo com a matriz da historiografia desenvolvida na França que ficou conhecida como nova história. Foi com essa “nova história”, ou nova história cultural, que se desenvolveu o interesse por novos objetos de estudo, novas abordagens e novos problemas para a História. Um desse novos “objetos” foi exatamente a “prática de leitura”, isto é, como nas várias épocas da história humana a prática da leitura foi transformando-se de acordo com a construção social de cada uma dessas épocas.

O enfoque da “nova história” tinha como objetivo abolir os velhos esquemas dos estudos históricos que se prendiam a análises esquematizadas e generalizantes do passado que não ofereciam elementos para apreender a atmosfera das várias situações em que se encontravam os vários grupos humanos. Para realizar a tentativa de tal apreensão, fez-se necessária a canalização das pesquisas para a “história das práticas.”

A história das práticas de leitura está intimamente associada à história dos suportes de acomodação da escrita. Esses suportes podem ser desde as tabuinhas com escrita cuneiforme da antiga Mesopotâmia até a escrita virtual dos monitores de computador, passando por rolos de papiros, códices, escritos em pedra, escritos em couro, entre outros. Esses suportes determinaram ou, no limite, contribuíram decisivamente para moldar a prática da leitura em cada época específica. Por exemplo, nas sociedades antigas, em que a escrita era um privilégio de sacerdotes, escribas e demais pessoas ligadas a funções hierárquicas, a leitura era, por definição, uma prática oral e coletiva. Lia-se em voz alta para uma grande quantidade de pessoas. Aprendia-se, com maior frequência, de cor vários textos literários, com era o caso da educação das crianças em Atenas, que decoravam e recitavam trechos das epopeias de Homero.

A prática da leitura silenciosa, isto é, o hábito de leitura individual e em silêncio, só nasceu com os monges copistas na Idade Média. E nasceu nesse contexto específico e com esses atores sociais em razão das circunstâncias nas quais eles estavam inseridos. Os monges que tinham por dever a cópia, isto é, a réplica de manuscritos, fossem clássicos (gregos e romanos) ou cristãos, e o ornamento dos códices (livros em que era inserida a cópia) com iluminuras (arte de ilustração dos códices), necessitavam de um ambiente silencioso que favorecesse a leitura atenta e a precisão para o trabalho. Desde então, essa prática de leitura silenciosa laicizou-se, tornou-se comum, sobretudo após a invenção da imprensa por Gutenberg no século XV.







Códice medieval com iluminuras

No século XVIII, com o advento do romantismo literário e das feiras de livros em várias cidades europeias, a prática da leitura tornou-se um hábito realmente popular e com grande impacto na sociedade. Basta dizer que a leitura de panfletos políticos e escritos filosóficos dos iluministas mobilizou, em grande parte, os burgueses da França à ação revolucionária de 1789.

Um dos principais representantes dos estudos sobre a história da leitura, o historiador Roger Chartier, dedicou-se a perceber o impacto que as práticas de leitura exerceram naquelas que ele denominou “comunidades interpretativas” ao longo da história. A relação que temos hoje com a leitura, por exemplo, está associada intimamente às construções de hábitos sociais dependentes da tecnologia, como a tela de computador e a internet.

Por Cláudio Fernandes

Fonte: História do Mundo 

https://www.historiadomundo.com.br/curiosidades/historia-leitura.htm

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quarta-feira, 25 de maio de 2022

Origem dos Livros

 Caros Leitores;









Para quem hoje se vislumbra com a praticidade oferecida pelos e-books, nem chega a imaginar o longo caminho percorrido pelos livros na História. Companheiro da escrita, os livros tiveram grande importância para a realização de registros históricos, a compilação de leis e a divulgação de ideias. Atualmente, a produção de livros chegou a tal ponto que, por exemplo, o século XX foi responsável por uma literatura histórica superior a de todos os outros séculos somados juntos!

No Egito Antigo, o ancestral dos livros foi concebido através do papiro. Transformada em atividade importante, a escrita no papiro era exclusivamente executada por uma classe de escribas responsáveis pela leitura e fabricação dos textos oficiais e religiosos. Pesquisadores apontam que as peças de papiro mais antigas já encontradas foram concebidas há três mil anos antes de Cristo. Para se organizar esses documentos, as folhas de papiro eram pregadas umas às outras formando um único rolo.

Por volta do século X a. C., a organização dos documentos escritos ganharam maior funcionalidade com a invenção dos pergaminhos. Apesar de não terem a mesma praticidade dos encadernados, essa base material foi de suma importância para a preservação de importantes textos da Antiguidade, como a Bíblia Sagrada e os escritos de alguns pensadores do mundo clássico. Vale a pena frisar que a qualidade e a resistência dos pergaminhos era superior à do papiro.

A concepção do livro encadernado já era tentada nessa época. Para tanto, pegavam os pergaminhos disponíveis e realizava-se a organização de cada uma das supostas páginas. Conhecidos como codex (códice, em português) essas primeiras edições facilitaram a locomoção e manuseio dos textos escritos. Já nos fins da Antiguidade, por volta de 404, São Jerônimo registrou uma extensa teoria sobre as formas pelas quais seria possível produzir um livro.

No período medieval, o acesso ao mundo letrado ficou praticamente restrito aos clérigos. Boa parte dos livros ficava enclausurada sob a proteção dos mosteiros e tinham sua sabedoria conservada pelo demorado trabalho de monges copistas. Nesse aspecto, é importante ressaltar que a Igreja teve um papel fundamental para que vários textos da cultura grega e romana fossem conservados. Em tal época, era comum que as chamadas iluminuras decorassem o rodapé e os parágrafos dos livros com belas imagens.

Em 1454, o processo de fabricação e divulgação dos livros sofreu um salto qualitativo gigantesco com a invenção da prensa. Desenvolvida por Johannes Gutenberg, essa máquina permitia que o processo de fabricação dos livros fosse dinamizado. Apesar da importância do feito, observamos que na Idade Moderna a leitura e a escrita ainda se conservavam atreladas aos privilégios desfrutados pelas elites. Ler e escrever eram prazeres ainda destinados aos nobres e burgueses enriquecidos.

O século XIX, como filho das inovações tecnológicas, marcou uma época de grandes produções. Vale frisar que o processo de liberalização dos Estados Nacionais teve grande influência na disseminação do ensino público e no consequente incremento do número de leitores. Com o barateamento dos custos de produção, a leitura passou a atingir grandes parcelas da população. A partir de então nasceram os famosos e ainda bastante procurados “best-sellers”.

Fonte: História do Mundo / Por Rainer Gonçalves Sousa

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terça-feira, 24 de maio de 2022

A história do livro através do tempo

 Caros Leitores;






Você já parou para pensar em como o livro surgiu? Ou como eram os primeiros livros da história? O livro, da maneira como conhecemos hoje, surgiu no século XV, quando Johann Gutenberg inventou a prensa de tipos móveis. Essa invenção revolucionou a história do livro! A partir dela, a produção barateou, fazendo com que os livros pudessem alcançar muito mais pessoas ao redor de todo o mundo! Essa popularização, modificou a educação, democratizou a comunicação e marcou o fim da Idade Média! Mas até chegar a esse ponto, muita coisa aconteceu através do tempo…

As primeiras formas de expressão

Desde que o homem é homem, ou seja, há mais ou menos 1 milhão de anos, ele vem deixando marcas de sua passagem pelo mundo. No início, na época das cavernas, os homens primitivos já registravam, ao seu modo, o cotidiano. Eram as chamadas pinturas rupestres, que já indicavam que, desde o princípio, o ser humano tinha noção de proporções e senso artístico. No entanto, só foi possível registrar a história do homem, de fato, após o surgimento da escrita. Ou seja, a partir de 5 mil anos atrás.

O surgimento da escrita e os primeiros livros

Com o surgimento da escrita, o ser humano passou a conseguir registrar sua história por meio de documentos e dos primeiros livros. No entanto, nessa época, os livros ainda eram muito diferentes do que estamos habituados a ver hoje, pois dependiam dos materiais que cada sociedade tinha à sua disposição. Na região do Oriente, foram encontrados os primeiros livros, feitos pelo povo sumério, a partir do barro, na forma de pequenas lajotas.

Enquanto isso, os egípcios, povo vizinho aos sumérios, escreviam seus livros sobre papiro, formando rolos de até 20 metros de comprimento! A maior biblioteca da Antiguidade foi a de Alexandria, com 700 mil livros em rolos de papiro.

Por sua vez, os indianos aproveitaram a abundância de palmeiras no país, para produzir seus livros nas folhas dessa planta. Para isso, eles cozinhavam as folhas em leite, secavam e escreviam nelas com instrumentos pontiagudos. Depois disso, passavam fuligem sobre as folhas para que a escrita ficasse mais nítida. As folhas eram costuradas umas às outras e pedaços de madeira eram pregados para servir de capa. Essa forma de livros ainda é comum em alguns países asiáticos.

Aqui na América, antes da chegada de Colombo em 1492, astecas e maias já faziam livros a partir da entrecasca das árvores, material macio encontrado entre a casca e a madeira. Os livros tinham formato de sanfona e, por isso, eram chamados sanfonados.

Os livros como conhecemos hoje

Os livros como estamos habituados a ver hoje nas estantes, com páginas costuradas, começaram a aparecer em Roma, há mais ou menos 2 mil anos atrás. Mas, diferentemente de hoje em dia, eles eram feitos de madeira encerada, sendo muito pesados e não ultrapassando 10 páginas. Neles, os romanos faziam seus rascunhos, já que o material permitia a correção e o reaproveitamento. Quando o texto era concluído, passavam a limpo sobre papiros.

Com a invenção do pergaminho, houve um grande progresso na fabricação dos livros. Embora fosse um material bem caro, ele permitia que se escrevesse dos dois lados, além de ser possível dobrar e costurar suas folhas, fazendo com que os livros ocupassem menos espaço. Outra importante invenção foi a caneta, permitindo a produção de cada vez mais livros.

Foi em 1440, quando Gutenberg inventou a prensa de tipos móveis, já existiam outros tipos de impressão, porém mais complexos. Mas foi essa invenção, junto com a difusão do papel, que possibilitou a popularização dos livros, democratização da educação e desenvolvimento da imprensa!

O poder dos livros!

Desde então, os livros têm sido instrumento fundamental no desenvolvimento intelectual e espiritual de pessoas por todo o mundo! É através das páginas dos livros que podemos conhecer diferentes histórias, realidades, pessoas e culturas sem precisar sair do lugar! E não precisamos nem falar o quanto a Leiturinha acredita e investe no poder da leitura, não é? Somos completamente apaixonados por tudo que envolve este universo e só temos o que comemorar e agradecer à todas as pessoas que tornaram o livro algo tão popular e próximo da vida de pequenos e adultos por toda a parte do planeta! Viva os livros! <3

* Informações baseadas no livro da autora Ruth Rocha: A História do Livro. Este título integra a Coleção O Homem e a Comunicação, que já indicamos aqui no Blog e que está disponível na Leiturinha Digital!

Leia também: 

Fonte: Leiturinha / por  / Publicado em 27/10/20217

https://leiturinha.com.br/blog/a-historia-do-livro-atraves-do-tempo/#:~:text=O%20livro%2C%20da%20maneira%20como,redor%20de%20todo%20o%20mundo!

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