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Sou economista, escritor e divulgador de conteúdos sobre economia e pesquisas científicas em geral.

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quarta-feira, 29 de junho de 2022

Os Benefícios da Leitura

 Caros Leitores;

Além de absorver conhecimento, a leitura aprimora a sua empatia, pensamento crítico, amplia seu vocabulário, exercita a sua inteligência, estimula a criatividade e ainda previne contra doenças degenerativas

Boa Leitura!

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terça-feira, 28 de junho de 2022

Doutorado: como funciona, como fazer e por que fazer um doutorado?

 Caros Leitores;






Alguns motivos que justificam por que fazer um doutorado são: desenvolver o pensamento crítico; criar um diferencial no currículo; abrir novas oportunidades de carreira; aumentar sua remuneração atual; aproveitar o doutorado como uma oportunidade de intercâmbio; melhorar seu domínio de idiomas; e networking com seus colegas de doutorado.

Com tantos caminhos para pós-graduação — como MBA, cursos de especialização, mestrado e doutorado —, fica difícil saber qual opção escolher. Especialmente porque continuar os estudos depois da faculdade por esses meios demanda algum investimento em tempo ou dinheiro, geralmente os dois.

Parece complicado, não é? Mas calma! No post de hoje vamos falar sobre um desses caminhos, o doutorado, explicando seu funcionamento, em quais situações ele é vantajoso e quais são os benefícios que ele traz para quem o conclui.

Interessado? Continue conosco e boa leitura!

Como funciona um doutorado?

O doutorado é um grau acadêmico dado pela universidade a aqueles que demonstram a capacidade de desenvolver novo conhecimento científico.

Enquanto no mestrado o estudante tem contato com os principais caminhos teóricos e a produção intelectual, no doutorado ele vai se dedicar ao trabalho de criar conhecimento e adicionar novas descobertas ao que é discutido na academia.

Quanto tempo dura?

A duração de um doutorado é de 4 a 5 anos, com uma carga horária de aulas bem reduzida, já que a maior parte do trabalho é realizar as leituras necessárias em casa, pesquisar e escrever a tese.

Como entrar para o doutorado?

Para entrar para o doutorado, o aluno precisa apresentar tese original já no início do desenvolvimento e o apoio de um orientador, ter ótimas habilidades em pesquisa e um currículo acadêmico excelente, demonstrando comprometimento e interesse na área estudada.

Além disso, é comum a aplicação de uma prova para testar o domínio dos conceitos teóricos da área em que o aspirante tem interesse. Não é necessário mestrado, há raros casos de pessoas que foram direto para o doutorado, mas ter mais essa experiência conta muito para o currículo.

O último requisito é o domínio em, pelo menos, dois idiomas, sendo comprovados por prova ou certificados.

Quando fazer um doutorado?

Para descobrir se o doutorado é a escolha certa para você, continue lendo, vamos listar em quais situações esse caminho é o indicado neste tópico. Acompanhe!

Interesse aprofundado por um assunto

Se você já fez um mestrado sobre determinado assunto e quer criar algo ainda não explorado nesse campo, é um ótimo sinal de que o doutorado é o caminho natural para a sua carreira.

Pode ser também que você queira lançar outra perspectiva sobre o seu objeto de pesquisa, e aí o doutorado em outra área é uma ótima opção.

O importante é que você tenha interesse em pesquisar e ler sobre um mesmo assunto por quatro anos, e que tenha uma ideia para contribuir com o fazer científico, além de muita determinação e foco.

Aspirações de carreira

Muitos cargos exigem doutorado para serem preenchidos e, se sua meta de carreira precisa de um doutorado para ser atingida, você terá a motivação necessária para concluir a especialização e esse caminho será uma boa oportunidade para você alcançar seus objetivos.

Vontade de lecionar

Se você quiser ensinar para graduandos, o doutorado é um bom passo, principalmente porque as universidades precisam de um determinado número de doutores em seu quadro docente.

Além disso, essa especialização abrirá portas nessa área, sendo mais fácil para você conseguir se sobressair nos processos seletivos de professores universitários para universidades públicas e privadas.

Aptidão para a ciência

Caso o seu sonho seja trabalhar como cientista e pesquisador, o doutorado também é para você, pois é lá que você poderá desenvolver seu pensamento científico e aprender como, efetivamente, produzir conhecimento de maneira independente.

Sem contar que, na maioria das universidades, você terá acesso aos equipamentos, recursos e técnicas que não encontraria fora delas, podendo levar o seu trabalho para um laboratório.

Por que fazer um doutorado?

Embora seja trabalhoso e exija anos de dedicação, fazer um doutorado apresenta muitas oportunidades de desenvolvimento profissional e pessoal. Confira, a seguir, por que dar esse passo!

Melhorar seu domínio de idiomas

Ao ter contato com textos em outros idiomas recorrentemente, você melhora seu vocabulário além de ativar o que já foi aprendido no seu cérebro, fazendo com que suas capacidades linguísticas estejam em constante evolução.

Desenvolver o pensamento crítico

O doutorado, assim como o mestrado e até mesmo a graduação, tem o poder de expandir horizontes, estimular o pensamento crítico e abrir novas perspectivas. Isso desenvolve indivíduos mais analíticos e com maior poder de compreensão do mundo.

Criar um diferencial no currículo

Com um acesso cada vez mais facilitado, a graduação já deixou de ser um diferencial para tornar-se item obrigatório em um currículo. Para realmente se destacar no mercado, o profissional precisa especializar-se, e um doutorado carrega uma vantagem competitiva de peso.

Os dados não mentem: a taxa de empregabilidade entre os brasileiros que possuem doutorado é de 75,5%, uma das maiores do país.

Abrir novas possibilidades de carreira

Se você quer mudar sua profissão ou área de atuação, o doutorado pode ser de grande ajuda, pois vai te dar a oportunidade não só de lecionar, mas de até exercer outras práticas profissionais relacionadas ao seu objeto de estudo.

Aumentar a remuneração

De acordo com uma pesquisa elaborada pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, em conjunto com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e Comunicações, fazer um doutorado pode aumentar em até seis vezes a remuneração de um profissional.

Networking

O doutorado é um ambiente de aprendizado e troca de conhecimento, sendo ideal para encontrar profissionais de renome no mercado e gente relevante na sua área de atuação. Dessa maneira, você poderá incrementar seu networking não só com seus colegas, mas com seus professores e monitores.

Oportunidades de intercâmbio

Muitas universidades públicas oferecem incentivos para seus doutorandos complementem sua tese em instituições no exterior. São as chamadas “bolsa sanduíche”. Ou seja, além de conseguir o visto necessário para morar fora do país por um tempo, um sonho para muitas pessoas, você ainda receberá pela sua pesquisa.

Esse tipo de pós-graduação apresenta muitas oportunidades e, neste post, você viu as principais vantagens dessa especialização e quais são os requisitos necessários para dar esse passo na carreira.

Quer continuar aprendendo sobre os caminhos pós-graduação? Baixe agora mesmo nosso e-book sobre a recolocação profissional!

Fonte:  https://rockcontent.com/br/talent-blog/doutorado/

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Guerra na Ucrânia: Os possíveis riscos para a economia global e do Brasil caso o conflito se prolongue

 Caros Leitores;

A guerra na Ucrânia entrou em seu quinto mês sem sinal de que caminhe para uma solução e segue com reflexos negativos na economia global e no comércio entre as nações. A tendência de juros altos também tem alterado todo o fluxo de recursos no mercado financeiro.

Neste domingo (26/6), enquanto o G7 (grupo das sete maiores economias do mundo) se reúne na Alemanha, a Rússia lançou novos ataques com mísseis contra a Ucrânia.

A capital ucraniana Kyiv foi bombardeada. Uma pessoa morreu depois que um prédio residencial foi atingido e parcialmente reduzido a escombros.

O prefeito de Kyiv, Vitaliy Klitschko, chamou os ataques, ocorridos no dia de abertura da cúpula do G7 e antes da reunião da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte, aliança militar ocidental) de uma "tentativa de intimidar os ucranianos".

Na Alemanha, líderes compartilharam o objetivo de cortar "oxigênio da máquina de guerra da Rússia", disse o presidente do Conselho Europeu, o belga Charles Michel.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também pediu unidade — tanto no G7 quanto na Otan — diante da invasão da Rússia.

Em seu discurso na noite de sábado (25/6), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky disse que a guerra havia entrado em um "estágio moral e emocionalmente difícil".

ambém no sábado, a Rússia assumiu o controle total de Severodonetsk — a principal cidade do leste ucraniano que tem sido palco de semanas de intensos combates.

Não parece haver, portanto, qualquer perspectiva de um fim próximo para o conflito.

E uma declaração recente do chefe da Otan, o norueguês Jens Stoltenberg, jogou ainda mais incertezas no horizonte.

Em entrevista ao jornal alemão Bild, ele afirmou que "precisamos nos preparar para o fato de que pode levar anos. Não podemos desistir de apoiar a Ucrânia".

Ciente das consequências danosas para a economia, ainda acrescentou: "Mesmo que os custos sejam altos. Não apenas pelo apoio militar, mas também pelo aumento dos preços da energia e dos alimentos".

A afirmação reforça um quadro já bastante negativo. Na visão de economistas, mesmo que o conflito terminasse hoje os reflexos globais seriam sentidos por um bom tempo, para a reorganização do comércio, a retomada da normalidade na oferta de produtos e o controle da inflação.

Já as consequências de um prolongamento maior da guerra, como sugere o chefe da Otan, são difíceis de prever. Na visão de analistas, há tendência de manter preços altos de algumas commodities, principalmente agrícolas, e a situação de aperto monetário por mais tempo.

A invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro pegou a economia global no contrapé — quando se vislumbrava o início de uma recuperação passada a pior fase da covid-19. O prolongamento da guerra tem potencial de levar as principais economias do mundo a uma recessão ou mesmo a uma "estagflação" (inflação mais alta combinada com baixo crescimento econômico).

Inflação segue persistente

O aumento generalizado de preços, que caracteriza processos inflacionários, não é uma novidade gerada pelo conflito no leste europeu. A pandemia da covid-19, que afetou produção e várias cadeias logísticas, já tinha jogado os índices nas alturas.

Dados mais recentes do Banco Central indicam que o acumulado do ano do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, principal índice da inflação) chegará a 8,8%, avançando sobre a previsão anterior, de 6,3%. Atingirá mais que o dobro do centro da meta, de 3,5%.

Para 2023, ano em que a meta é de 3,25%, o BC projeta inflação de 4%, ante aos 3,1% divulgados em março.

O controle da inflação por meio de elevação dos juros e sua manutenção em patamares altos afeta as perspectivas para a economia global.

"A guerra se prolongando piora o quadro de incerteza e caminharemos para uma estagflação global. Primeiro porque há forte pressão de custos sobre as empresas, dificuldade na oferta de bens agrícolas e tudo ao mesmo tempo em que o BC promove um forte aperto monetário", explica Roberto Padovani, economista-chefe do Banco BV.

"Quanto mais tempo demora para controlar a inflação, [a situação] fica pior pelo efeito da indexação dos preços [reajuste de produtos e serviços que têm valores atrelados ao índice da inflação]".

O último relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) reforça o retrato inflacionário global. A expectativa do FMI é que, em dezembro de 2022, a inflação no acumulado de 12 meses no Brasil seja de 6,7%, valor abaixo das projeções do mercado.

Argentina e Turquia têm as piores previsões, com avanço de 48% e 52% nos preços respectivamente. O relatório também aponta inflação americana perto de 5,33%, a alemã em 4,7% e do Reino Unido em 7,6%, percentuais muito elevados para estes países.

Prolongamento do aperto monetário

A possibilidade de que os preços sigam pressionados pela guerra obrigará bancos centrais ao redor do mundo a manterem os juros altos por um período maior.

No Brasil, o BC elevou a Selic a 13,25% ao ano, o maior nível desde dezembro de 2016. A ata foi lida pelo mercado como indicativo de nova alta em agosto, entre 0,25 e meio ponto percentual, e na sequência um período prolongado de estabilidade.

A piora inflacionária também levou o Fed, o banco central dos Estados Unidos, a subir a taxa em 0,75 ponto percentual — desde 1994 não ocorria alta dessa magnitude.

Na visão do economista-chefe da Necton Investimentos, corretora do banco BTG Pactual, o efeito dos juros altos no controle da inflação é pequeno pela característica atual do processo de elevação dos preços.

"Como é uma inflação de oferta [produtos e serviços], e não de demanda, os juros têm menos efeito sobre a inflação e precisam permanecer elevados por mais tempo, com consequências ruins na economia", explica André Perfeito.

Roberto Padovani, do banco BV, faz coro: "O processo atual de aperto monetário na tentativa de controlar a inflação é doloroso porque demora e tem custo alto para todos. O prolongamento da guerra na Ucrânia só piora o cenário e pode deixar a Selic elevada por muito tempo".

Recessão à vista

O objetivo dos juros altos é derrubar a inflação, o que só é possível contendo a demanda e portanto deprimindo a atividade. O desempenho do PIB brasileiro no primeiro trimestre avançou 1% sobre o período imediatamente anterior. Na comparação anual, frente a 2021, cresceu 1,7%. Os economistas olham os dados com cautela porque veem os efeitos da guerra, iniciada no final de fevereiro, ainda pouco presentes na atividade.

"Tudo vai afetar o crescimento global daqui em diante. Vamos entrar em uma fase de desaceleração econômica com crédito mais caro e tensões geopolíticas derrubando a confiança. O quão grande ninguém sabe", comenta Padovani. Na visão do economista, o PIB pode fechar o ano a 1%. "Em 2023 começaremos fracos, o Brasil e o mundo todo. Vejo o Brasil crescendo zero".

A queda da atividade econômica prevista para este ano afeta o mundo todo, assim como uma desaceleração projetada para 2023. O Banco Mundial prevê que o crescimento global caia de 5,7%, em 2021, para 2,9% este ano, "significativamente abaixo" dos 4,1% previstos em janeiro. A instituição já fez seu alerta para o risco de um cenário adicional de estagflação.

Commodities agrícolas sem espaço para mais alta

O petróleo e as commodities agrícolas foram os principais vetores da alta dos preços globais neste ano, dada a relevância da Ucrânia e da Rússia em alguns produtos. A Ucrânia é responsável pela produção de 17% do milho disponível no mercado mundial. Juntas, Rússia e Ucrânia exportam quase 30% do total de trigo consumido mundialmente. A região é grande produtora de fertilizantes, com o Brasil na posição de maior importador do insumo pronto e também de componentes como nitrogenados, fosfatados e potássicos.

A boa notícia, destacada por André Perfeito, da Necton, é que mesmo o prolongamento da guerra não será capaz de fazer com que os preços subam muito mais. "Permanecerão elevados, o que já é ruim, mas não vejo espaço para que continuem subindo de valor. E mesmo que a guerra termine logo, é importante lembrar que a queda nas cotações será lenta, demora para reorganizar a produção e a logística", explica, acrescentando que só o petróleo teria condições de exibir uma queda mais rápida na cotação.

Petróleo e derivados — corrida pelo ajuste da oferta

O barril de petróleo do tipo Brent, que em fevereiro custava perto de US$ 100, chegou a ultrapassar a barreira dos US$ 130 ao longo dos meses de conflito e hoje está cotado em torno de US$ 114, no contrato com vencimento em agosto.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), os russos são o terceiro maior produtor e exportador de petróleo do mundo e o maior exportador de gás natural. As restrições impostas pelo Ocidente à compra do produto russo derrubaram a oferta e levaram à alta na cotação com reflexos nos custos logísticos e na inflação.

"No petróleo, como há capacidade ociosa em algumas regiões que permitem aumentar mais rápido a produção, diferente do que ocorre nas commodities agrícolas, a alta nos preços não foi tão grande como se esperava", analisa Marcelo Nonnenberg, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), citando Arábia Saudita e mesmo a Venezuela, que podem elevar a produção para atender à demanda.

Na hipótese de que a guerra avance para 2023, ou, o que é mais provável na visão de Nonnenberg, tenha "um cessar-fogo, mas com situação duradoura de conflito", os efeitos negativos no setor de óleo e gás serão menos intensos do que no de grãos e fertilizantes.

"Antes da guerra, o mundo já sabia da necessidade de reduzir o consumo de petróleo e derivados, e o conflito vai intensificar a transição para uma matriz energética mais limpa. No curto prazo, outros fornecedores vão atuar, como a Arábia Saudita, e no médio e longo o mundo vai consumir cada vez menos".

Janelas de oportunidade para o Brasil

O pesquisador do Ipea lembra uma tendência que já vinha ganhando corpo nos últimos anos, mas que ficou ainda mais em evidência com a invasão da Ucrânia. Desde a guerra comercial China-EUA, agravada pelo protecionismo de Trump e os problemas de desabastecimento de produtos e insumos durante a pandemia da covid-19, tem ocorrido uma redução importante das cadeias globais de valor.

Todos os ganhos de eficiência e queda de custo de empresas globais, muitas delas americanas que compravam componentes no mundo asiático e transportavam para montar o produto final nos mercados consumidores, como Brasil e outros, passaram a ser questionados.

"Está tudo muito interligado, é um arranjo complexo com ganhos de eficiência, mas que mostrou, durante os anos de pandemia, que processos tão decentralizados e distantes têm riscos", comenta o pesquisador do Ipea, lembrando que as fronteiras fecharam, a produção parou e a dependência dos asiáticos, em componentes eletroeletrônicos e insumos para a produção de farmacêuticos passou a ser um problema.

"O mundo começou a pensar não apenas na eficiência, mas também na segurança desta produção decentralizada. Agora a guerra da Ucrânia reforça esta visão ao afetar toda a logística na região, com navios e aviões tendo que refazer rotas, o que eleva custos e provoca atrasos".

Na visão de Marcelo Nonnenberg, a tendência é que as empresas invistam na produção mais perto dos seus mercados, ainda buscando eficiência de custos, mas não apenas.

"Hoje a cadeia logística é muito complexa e vai ser revista. A América do Sul, e o Brasil em particular, pode se beneficiar atraindo investimentos, mas desde que ofereça estabilidade política, econômica e de regras, além de mão de obra qualificada", comenta acrescentando que o país precisa se preparar para entrar em algumas cadeias de valor, como biocombustível, biotecnologia e indústria farmacêutica.

Ativos de risco perdem o brilho

Sem uma sinalização de que esteja perto de acabar, a guerra entre Rússia e Ucrânia, ao impactar a economia mundial, naturalmente se reflete também nos ativos listados na bolsa de valores.

A alta dos juros em diversos países e mudanças no patamar do câmbio são componentes importantes desta equação. Juros mais altos significam crédito mais caro e menor crescimento e venda das empresas.

"O movimento global de elevação dos juros, para controlar a inflação que já vinha alta e piorou com a invasão da Ucrânia, tirou o brilho dos ativos de risco. Este movimento deve permanecer por um bom tempo, afetando ativos em bolsa", comenta Fabiano Godoi, sócio e diretor de Investimentos da Kairós Capital.

Segundo levantamento realizado por Einar Rivero com apoio da plataforma TC/Economatica, em dólar o Ibovespa, entre 23 de fevereiro e 20 de junho acumula queda de 13,4%, superior ao recuo de 9,79% do Índice Dow Jones, e de 13,03% do S&P500.

Na Nasdaq, bolsa de tecnologia americana, o tombo é ainda maior, de 17%. Na visão de Godoi, com a Selic saindo de 2% ao ano para os atuais 13,25%, o custo de oportunidade de se investir em ativos de risco, como bolsa, ficou muito alto.

A fuga intensa de capital de países emergentes na direção das principais economias, outra consequência comum em situações de forte incerteza, desta vez será amenizada. Em cenários marcados por estresse e alta nos juros americanos ou europeus, o investidor tende a sangrar recursos de países como o Brasil para alocá-los em mercados considerados mais seguros.

"Se o juro brasileiro começasse a subir junto com o americano ou de outras economias, poderíamos perder capital. Mas o fato de termos iniciado antes o aperto nos dá um certo conforto, um colchão", explica Godoi.

O equilíbrio destas forças — com juro brasileiro nominal e real muito alto e o americano só agora começando a subir — tende a manter o câmbio relativamente estável. Hoje, a cotação da moeda americana está perto de R$ 5,20 e deve orbitar, na visão dos analistas, em torno de R$ 5 ao longo dos meses. "Como exportamos commodities, entra mais dinheiro pela via do comércio. E, como juro está alto também, atrai capital. Mesmo a instabilidade que atrai para ativos e mercados mais seguros, não acredito que jogue o real muito para baixo", comenta André Perfeito.

'Este texto foi originalmente publicado em https://www.bbc.com/portuguese/internacional-61930676'

Fonte:  Jiane Carvalho De São Paulo para a BBC News Brasil

https://www.bbc.com/portuguese/internacional-61930676

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segunda-feira, 27 de junho de 2022

Você sabe qual a biblioteca mais antiga do mundo?

 Caros Leitores;









Acredita-se que a biblioteca mais antiga do mundo e também a mais famosa seja a Biblioteca de Alexandria, ou Biblioteca Real de Alexandria, no Egito. Seu acervo chegava a setecentos mil volumes, entre os quais quarenta a sessenta mil manuscritos em rolos de papiro. A raridade e a quantidade de obras que a biblioteca possuía, renderam-lhe o prestígio de ser a maior biblioteca da antiguidade.

Criada no século III a.C, durante o reinado de Ptolomeu II do Egito, a biblioteca resistiu até a Idade Média, quando teve parte de seu acervo perdido em um incêndio. A Biblioteca de Alexandria era composta por duas partes: a Mãe e a Filha. A segunda era usada como depósito ou compartimento da primeira. Com o incêndio da Mãe (de causa acidental), a Filha passou a ter maior importância, sendo a sede da biblioteca em definitivo. Porém em 391 d.C a Biblioteca Filha foi totalmente destruída durante o império de Teodósio, juntamente com um enorme templo a Serápis (deus egípcio), por Teófilo. A ordem levou à destruição um dos maiores patrimônios da história da Humanidade. Em suas galerias habitavam títulos de geometria, trigonometria, astronomia, medicina, literatura e filosofia. Gregos, romanos e outros povos da antiguidade tinham ali suas memórias e identidades preservadas.

Em 1974 um grupo de arquitetos noruegueses projetou e conseguiu fundos com a Unesco e o governo egípcios para a construção de uma nova biblioteca. A instituição abriga além do ambiente principal, quatro bibliotecas especializadas, laboratórios, planetário, e museus de ciência e caligrafia. Site da nova biblioteca: http://www.bibalex.org

Fonte:  Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)

https://biblioteca.pucrs.br/curiosidades-literarias/voce-sabe-qual-a-biblioteca-mais-antiga-do-mundo/#:~:text=Acredita%2Dse%20que%20a%20biblioteca,manuscritos%20em%20rolos%20de%20papiro.

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sexta-feira, 24 de junho de 2022

Observatório da Imprensa

 Caros Leitores;




O Observatório da Imprensa é uma iniciativa do Projor – Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo e projeto original do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). É um veículo jornalístico focado na crítica da mídia, com presença regular na internet desde abril de 1996 (veja aqui a edição nº 1).

Nascido como site na web, em maio de 1998 o Observatório da Imprensa ganhou uma versão televisiva, produzida pela TVE do Rio de Janeiro e TV Cultura de São Paulo, e transmitida semanalmente pela Rede Pública de Televisão.

Para saber mais, acesse o link abaixo>


Fonte: Observatório da Imprensa

https://www.observatoriodaimprensa.com.br/caderno-do-leitor/essencia-da-leitura/

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quinta-feira, 23 de junho de 2022

Ibovespa recua sem trégua em temor sobre recessão global e risco fiscal no Brasil

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SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa mostrava fraqueza nesta quinta-feira, sem fôlego para sustentar os 100 mil pontos, à medida que receios com o risco de uma recessão global e preocupações fiscais no Brasil permanecem minando o sentimento de investidores.

Às 11:43, o Ibovespa caía 0,12 %, a 99.405,41 pontos. Mais cedo, na máxima, chegou a subir a 100.231,96 pontos. O volume financeiro no pregão somava 6,3 bilhões de reais.

Na visão da equipe de economia do Bradesco, preocupações com a atividade econômica global continuam pesando sobre os mercados. "A cautela predomina em meio aos riscos de recessão à frente nos Estados Unidos e no mundo", afirmou em relatório.

Os principais índices em Wall Street, porém, tinham uma sessão positiva, com o S&P 500 avançando 0,8%, mesmo após dados mostrarem que a atividade empresarial nos EUA teve forte desaceleração em junho.

No Brasil, temores de piora fiscal com eventuais medidas para compensar a alta dos preços de combustíveis também mantêm agentes financeiros cautelosos e adicionam volatilidade ao mercado.

"Há o impasse do impacto fiscal que pode vir da crise com os reajustes da Petrobras e o governo tentando contornar a ameaça de greve dos caminhoneiros", disse o diretor de investimentos da Reach Capital, Ricardo Campos.

No Brasil, em um contexto também de preços altos e elevação de juros, as atenções ainda estão voltadas para o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que fala sobre a condução da política monetária no país. [nS0N2WW03K]

DESTAQUES

- VALE ON (SA:VALE3) devolveu os ganhos e perdia 1,3%, mesmo após os contratos futuros de minério de ferro encerrarem as negociações desta quinta-feira na bolsa de Dalian com recuperação, após uma promessa do presidente chinês Xi Jinping de tomar medidas mais eficazes para alcançar as metas de desenvolvimento econômico e social do país.

PETROBRAS PN (SA:PETR4) rondava a estabilidade, em sessão de fraqueza nos preços do petróleo no exterior. O papel seguia volátil, uma vez que agentes financeiros continuam atentos às discussões de medidas para compensar a alta dos preços dos combustíveis. No setor, PETRORIO ON cedia 0,8%, enquanto 3R PETROLEUM ON valorizava-se 0,6%.

- BRF ON (SA:BRFS3) tinha elevação de 6,3%, em mais uma sessão majoritariamente positiva para empresas de proteínas. JBS ON (SA:JBSS3) subia 2,1%, MARFRIG ON (SA:MRFG3) ganhava 4,1% e MINERVA ON (SA:BEEF3) avançava 1,4%.

- ITAÚ UNIBANCO PN (SA:ITUB4) recuava 2,1%, pesando negativamente no Ibovespa, na terceira queda seguida após forte alta na segunda-feira. BRADESCO PN (SA:BBDC4) tinha baixa de 1,9%, com o índice do setor financeiro caindo 1,1%.

(Por Paula Arend Laier; edição de André Romani)

Fonte: Investing /  Por Paula Arend Laier   / 23-06-2022

https://br.investing.com/news/stock-market-news/ibovespa-recua-sem-tregua-em-temor-sobre-recessao-global-e-risco-fiscal-no-brasil-1012116

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quarta-feira, 22 de junho de 2022

Atividades Acadêmicas

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As atividades acadêmicas são as que estão diretamente liagas com o desenvolvimento acadêmico e pedagógico do estudante, estimulando as pesquisas, o intelecto, a preparação e a especialização profissional. 

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terça-feira, 21 de junho de 2022

Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD)

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O Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) compreende um conjunto de ações voltadas para a distribuição de obras didáticas, pedagógicas e literárias, entre outros materiais de apoio à prática educativa, destinados aos alunos e professores das escolas públicas de educação básica do País. O PNLD também contempla as instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos e conveniadas com o Poder Público. As escolas participantes do PNLD recebem materiais de forma sistemática, regular e gratuita. Trata-se, portanto, de um Programa abrangente, constituindo-se em um dos principais instrumentos de apoio ao processo de ensino-aprendizagem nas Escolas beneficiadas.

Saiba mais, acessando o link abaixo>

Fonte: Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FND)

https://www.fnde.gov.br/index.php/programas/programas-do-livro/pnld/legislacao

https://www.fnde.gov.br/index.php/programas/programas-do-livro?view=default

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